Internações por gripe já superam as por Covid-19, diz especialista
Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, alertou que testes devem ser realizados em caso de qualquer sintoma respiratório
Diante do avanço dos casos de influenza no país, a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levi, afirmou em entrevista à CNN neste sábado (01) que atualmente há um maior número de internações por gripe do que por Covid-19. Segundo a médica infectologista, a gripe causada pelo vírus H3N2 é a predominante no momento.
“Estamos vendo uma notificação crescente do número de internações por síndrome respiratória aguda grave que ultrapassou e muito a Covid. A gripe H3N2 está superando e muito, é a que está predominando nas internações nesses quadros respiratórios graves”, disse.
Levi comentou que não é possível diferenciar a Covid-19 da gripe apenas pela avaliação dos sintomas, já que eles são muito parecidos nas duas doenças. A única forma possível de diferenciação, de acordo com a médica, é por meio de um diagnóstico laboratorial realizado a partir de testes rápidos que já estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde.
A infectologista disse ser contra qualquer tipo de aglomeração no momento, já que o país se encontra diante de um surto de gripe e do avanço da variante Ômicron do coronavírus. “Aglomerar é pôr em risco uma situação de calamidade aqui no país. Nós não podemos nos dar ao luxo de realizar Carnaval ou qualquer tipo de aglomeração”, alertou a médica.
Levi esclareceu que é possível haver coinfecção em alguns casos, quando uma pessoa testa positivo tanto para influenza quanto para Covid-19. No entanto, esses casos são “pouco prováveis”. “São duas doenças muito preocupantes do ponto de vista da saúde pública e devemos dar atenção devida para as duas”, afirmou.
De acordo com a infectologista, o ideal é que a população siga as formas de prevenção não farmacológicas: uso de máscaras, higienização frequente das mãos e manter o distanciamento social. Em caso de qualquer sintoma respiratório, seja leve, moderado ou grave, a médica alerta que a pessoa deve fazer o teste o mais rápido possível para “não ser um transmissor da doença”.