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    No Dia da Saúde Ocular, conheça alimentos que fazem bem aos olhos

    Entre as vitaminas recomendadas para uma boa visão estão a A, E e C, presentes em alimentos de cores roxa, vermelha e alaranjada

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    No Brasil, a estimativa é de que mais de 35 milhões de pessoas tenham algum problema que cause dificuldade para enxergar. Neste domingo (10), o Dia da Saúde Ocular promove a conscientização sobre os cuidados com a visão.

    Pesquisa do Datafolha aponta que um quarto dos brasileiros não vai ao oftalmologista. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) recomenda que seja realizado um exame oftalmológico na infância e outro na idade adulta, entre 30 e 40 anos. A partir dos 40 anos, a recomendação é de exame anual. Já pessoas com familiares portadores de alguma doença ocular devem fazer exames periodicamente.

    Especialistas consultados pela CNN explicam os principais erros cometidos pelas pessoas que podem provocar danos aos olhos e recomendam alimentos que beneficiam a saúde ocular.

    O que incluir em uma dieta benéfica para os olhos

    “Cenoura, ou melhor, o betacaroteno presente na cenoura, faz bem para os olhos. E se a cenoura for orgânica, melhor. É importante ingerir alimentos de cores variadas. Quanto mais cores, maior a diversidade de vitaminas e minerais e mais benefícios para a saúde ocular”, diz a nutricionista Viviane de Castro Teixeira Alvarenga.

    Entre as vitaminas recomendadas para uma boa visão estão a A, E e C, presentes em alimentos de cores roxa, vermelha e alaranjada como o açaí, a jabuticaba, a abóbora e o mamão. Elas são antioxidantes e combatem os radicais livres e o envelhecimento dos olhos.

    De acordo com os especialistas, alimentos ricos em luteína e zeaxantina também são antioxidantes. Elas são encontradas predominantemente nos vegetais amarelos, alaranjados, vermelhos e verdes, incluindo nectarina, laranja, mamão, pêssego, brócolis, couve-de-bruxelas, repolho, couve-flor, ervilha, milho e rúcula.

    Na lista dos minerais, são recomendados o zinco, o magnésio e o cobre.

    O médico oftalmologista Emerson Fernandes de Sousa e Castro, do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, explica que o ômega 3 contribui para a lubrificação e auxilia no combate à síndrome do olho seco. O alho cru é bom para o glaucoma, sendo eficaz na redução da pressão ocular e corporal por ter efeito vasodilatador.

    “O ômega 3 presente nos peixes oleosos, como sardinha, salmão e atum, por exemplo, acaba protegendo os olhos e a falta de ingestão desse tipo de alimento pode prejudicar os olhos”, afirma Castro.

    Principais erros que podem prejudicar a saúde dos olhos

    Coçar os olhos, dormir com maquiagem, usar óculos ou lentes de contato e colírios sem prescrição médica estão entre alguns dos principais erros cometidos que podem oferecer riscos à saúde ocular.

    “É muito importante para a saúde dos olhos fazer uma consulta com o médico oftalmologista pelo menos uma vez por ano. É um erro usar óculos de origem duvidosa, principalmente aqueles de sol adquiridos de ambulantes. Esfregar e coçar os olhos é um hábito que pode levar ao desenvolvimento de uma doença chamada ceratocone, em que a córnea se deforma, e fica muitas vezes no formato de um cone”, alerta o médico oftalmologista Gustavo Bonfadini.

    O especialista alerta que a utilização em excesso e sem pausas de telas, como o computador e celular, ao longo do dia, pode trazer problemas para a saúde ocular. “Essa exposição provoca um cansaço da musculatura interna dos olhos e, no final do dia, essa pessoa vai ter vários sintomas de cansaço visual, olho irritado e até mesmo inflamado”, explica.

    Para reduzir o problema, o oftalmologista Sérgio Fernandes, membro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, orienta que as pessoas realizem intervalos de pelo menos cinco minutos entre uma e duas horas de uso do computador.

    “Os recursos para combater o ressecamento causado pelo uso excessivo das telas envolvem ensinar o corpo a piscar para lubrificar os olhos. Também podem ser utilizados colírios lubrificantes, de duas a quatro vezes ao dia”, disse.

    A Sociedade Brasileira de Oftalmologia recomenda ainda que as atividades em computadores, celulares e tablets com duração superior a quatro horas devem ser interrompidas para pausas maiores com o objetivo de evitar a intensificação do desconforto visual.

    O oftalmologista do Sírio-Libanês recomenda cautela no uso de colírios vendidos em farmácias. “É um perigo usar colírio sem indicação médica clara, o colírio de lubrificante, também chamado de lágrima artificial, pode ser utilizado à vontade”, explica.

    Cuidados com a alergia ocular

    A alergia ocular pode provocar sintomas como coceira nos olhos e lacrimejamento, que afetam a qualidade de vida. Embora os sintomas sejam leves na maioria dos casos, a alergia pode ser confundida com outras doenças como a asma e a dermatite atópica.

    A persistência e falta de cuidado adequado pode levar a complicações como úlceras oculares, ceratites da córnea, ceratocone e até mesmo distúrbios visuais permanentes.

    A médica Elizabeth Mercer Mourão, coordenadora do Departamento de Alergia Ocular da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica que os sintomas oculares podem afetar o estado mental, funcional, físico e social dos pacientes.

    “Crianças e adolescentes apresentam queda no rendimento escolar, restrição de atividades esportivas, de lazer e sociais. Adolescentes ainda podem sofrer com baixa autoestima e apresentar distúrbios emocionais como depressão e ansiedade”, afirma.

    A sensação de olho seco pode estar associada à alergia ocular, principalmente em adultos. O diagnóstico da alergia ocular é clínico, com base no aparecimento dos sintomas, com a exposição de alérgenos de ácaros, pólens e pelos de animais domésticos.

    A médica explica que fotofobia intensa e dor ocular são sinais de alerta que indicam a necessidade de atendimento especializado.

    O tratamento da alergia ocular inclui medidas de controle ambiental, como não acumular pó e trocar as roupas de cama periodicamente. Para pacientes que ainda apresentam sintomas pode ser indicado o uso de colírios e estabilizadores.

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