Ômicron não chegou no pico e próximas 2 semanas serão difíceis, diz especialista
Em entrevista à CNN, epidemiologista Ethel Maciel destaca dificuldade de se fazer previsões da pandemia por causa do apagão de dados da Saúde e a falta de testes de Covid-19
Na semana em que o Brasil completa um ano do início da vacinação contra a Covid-19, especialistas ouvidos pela CNN alertam que o país deve enfrentar, nos próximos dias, o pico da onda provocada pela variante Ômicron, enquanto “corremos contra o tempo para evitar novo colapso de saúde”.
De acordo com dados divulgados pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) na noite de segunda (17), o Brasil atingiu a maior média móvel de casos de Covid-19 desde junho do ano passado. Foram mais de 74 mil casos registrados e 121 mortes provocadas pela doenças nas últimas 24 horas.
Em entrevista à CNN nesta terça-feira (18), a epidemiologista e professora Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Ethel Maciel, explicou que a piora da pandemia vista neste momento é resultado das aglomerações feitas durante as festas de fim de ano.
“Natal, Ano Novo, as festas de fim de ano no geral demoram duas semanas para que tenhamos o pico de contaminação. E a gente ainda está em um período de férias, onde muitas pessoas tendem a aglomerar”, pontuou.
A professora destaca que muito provavelmente o pico da nova variante do coronavírus ainda não foi atingido. Ela comenta que há uma dificuldade de se obter informações concretas que deem o panorama da pandemia no país por causa do apagão de dados que o Ministério da Saúde teve após um ataque cibernético em dezembro, e pela falta de testes para diagnóstico de Covid-19.
“Não sabemos exatamente os números. Muito provavelmente tem uma subnotificação grande”, disse Ethel.

A epidemiologista comenta que os dados dos efeitos da Ômicron no Reino Unido indicam que ela é cerca de duas vezes mais transmissível do que a Delta.
“Estamos seguindo os dados de outros países que fazem muitos testes, mas acredito que ainda não chegamos no nosso pico. Vamos ter duas semanas ainda difíceis aqui no Brasil”, afirmou.
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Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Porto Alegre (RS)
Crédito: Cristine Rochol/PMPA - 2 de 16
Vacinação de crianças com a Coronavac em São Paulo
Crédito: Governo do Estado de São Paulo - 3 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 no Recife (PE)
Crédito: Iggor Gomes/PCR - 4 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Jundiaí (SP)
Crédito: Pedro Amora/Prefeitura de Jundiaí - 5 de 16
Recife, em Pernambuco, começa a vacinar crianças contra a Covid-19
Crédito: Reprodução/Lula Carneiro/PCR - 6 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 no Distrito Federal
Crédito: Sandro Araújo/Agência Saúde DF - 7 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 em São Luís (MA)
Crédito: Prefeitura de São Luís - 8 de 16
São Paulo iniciou vacinação de crianças contra a Covid-19 no dia 14 de janeiro
Crédito: Governo do Estado de São Paulo - 9 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Vitória, no Espírito Santo
Crédito: Gabriel/Werneck/PMV - 10 de 16
Crianças recebem vacina contra a Covid-19 em Maricá (RJ)
Crédito: Prefeitura de Maricá - 11 de 16
Vacinação contra a Covid-19 em Taguatinga, no Distrito Federal
Crédito: José Cruz/Agência Brasil - 12 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Fortaleza, no Ceará
Crédito: Marcos Moura/Prefeitura de Fortaleza - 13 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 no Rio de Janeiro (RJ)
Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil - 14 de 16
Início da vacinação de crianças contra a Covid-19 em Fortaleza, no Ceará
Crédito: Divulgação - 15 de 16
Início da campanha de vacinação de crianças contra a Covid-19 em Aracaju, no Sergipe
Crédito: Divulgação - 16 de 16
Salvador, na Bahia, dá início à vacinação de crianças contra a Covid-19
Crédito: Divulgação