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    Pela 1ª vez, ocupação de UTIs para Covid está abaixo de 60% em todos estados, diz Fiocruz

    Índice, classificado pelo Observatório Covid-19 Fiocruz como "verde", indica um cenário positivo, com todas unidades da federação fora da zona de alerta do levantamento

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    Pela primeira vez desde julho de 2020, quando a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) passou a monitorar as taxas de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS), todos os estados e o Distrito Federal estão com taxas inferiores a 60% de ocupação.

    O índice, classificado pelo Observatório Covid-19 Fiocruz como “verde”, indica um cenário positivo, com todas unidades da federação fora da zona de alerta do levantamento.

    O boletim divulgado nesta sexta-feira (25) é referente às semanas epidemiológicas 10 e 11 de 2022, que abrange o período de 6 a 19 de março.

    Pesquisadores da Fiocruz destacam que o momento da pandemia exige atenção no que diz respeito às ações de vigilância em saúde e cuidados. “É importante destacar que esta queda encontra-se acompanhada de taxas ainda significativas de [Síndrome Respiratória Aguda Grave] SRAG e incidência de mortalidade por Covid-19”.

    Eles atribuem os resultados positivos ao avanço da vacinação no país. Até a manhã desta sexta-feira, pelo menos 410.407.395 doses das vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas no Brasil. As informações são da CNN com base nas secretarias estaduais que divulgaram o balanço preliminar da vacinação.

    Recorte da pesquisa

    As análises da Fiocruz, que envolvem dados sobre internações e óbitos por síndrome respiratória aguda grave e Covid-19, destacam grupos extremos de faixas etárias.

    Por um lado, afirmam os pesquisadores, há os idosos que têm a idade como um fator de risco, o que reforça a necessidade de busca ativa daqueles que ainda não tomaram a terceira dose, assim como a aplicação da quarta dose da população elegível.

    Na outra ponta, estão crianças de 5 a 11 anos, em razão da baixa adesão dos pais e responsáveis à vacinação. “É importante a vacinação contra a Covid-19 para crianças, assim como as demais vacinas do calendário infantil. A população em geral, também deve realizar o esquema completo de vacinação”, destacam os cientistas.

    Os especialistas voltaram a afirmar que a flexibilização de restrições da pandemia, como a utilização de máscaras pode favorecer a transmissão do vírus. “Consideramos prudente a manutenção do uso de máscaras para determinados ambientes fechados, com grandes concentrações de pessoas (a exemplo dos transportes coletivos) ou abertos em que haja aglomerações”, recomendam.

    Cenário epidemiológico

    Os dados das duas últimas semanas analisaram confirmam a manutenção da tendência de queda de indicadores de incidência e mortalidade por Covid-19, porém em menor velocidade, segundo o boletim.

    Essa redução pode apontar para um período de estabilidade da transmissão nas próximas semanas, com taxas ainda altas de incidência e mortalidade. Foi registrada uma média de 42 mil casos diários, representando um decréscimo de 32% em relação às duas semanas anteriores (20 de fevereiro a 5 de março).

    Também foi observada a redução do número de óbitos por Covid-19 no período, com uma média diária de 570 óbitos, cerca de 35% abaixo dos valores das duas semanas anteriores.

    A maior parte dos estados apresentou estabilidade dos indicadores de transmissão, com exceção de Rondônia e Acre, que tiveram redução significativa do número de casos e de óbitos, e do Amapá, Maranhão, Piauí, Paraíba, Bahia e Mato Grosso do Sul, que apresentaram uma diminuição no número de óbitos, mas manutenção do número de casos.

    As maiores taxas de incidência no período foram observadas em Rondônia, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Goiás. As maiores taxas de mortalidade por Covid-19 foram registradas no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Goiás.

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