Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    ‘Sou a favor do uso emergencial’, diz Pazuello sobre vacina contra Covid-19

    Nos cálculos do ministro da Saúde, 46,7 milhões de pessoas devem ser imunizadas entre janeiro e março

    Natália André, da CNN, em Brasília



     

    Em nova audiência com senadores, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello disse que um contrato de uso emergencial do imunizante da Pfizer/BioNTech, que já começou a ser aplicado no Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, não é o melhor cenário, “mas pode ajudar” no momento. 

    “Eu sou a favor do uso emergencial, mas precisamos ter cautela e respeito pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Se perdermos a nossa última linha de defesa, que é a nossa agência reguladora, como colocaremos isso pra população?”, reforçou.

    O contrato da Pfizer prevê que a farmacêutica não se responsabilize por eventuais reações adversas no futuro. A empresa também só poderia ser julgada por tribunais internacionais. A liberação de uso emergencial acontece quando a comprovação científica de eficácia, qualidade e segurança não foi concluída. Por isso, o termo de consentimento e responsabilidade são exigidos. Na Inglaterra e nos EUA também está sendo assim.

    “Quando a gente fala de Pfizer, as colocações do presidente da empresa foram muito duras. Eles querem 100% de isenção de responsabilidade e não querem ser julgados no Brasil. Isso é complicado, mas, pasmem, estamos pensando em aceitar”, explicou o ministro. Ele acrescentou que, caso o governo federal decida assinar o contrato para uso emergencial da Pfizer, o Congresso também teria de dar o aval.

    “De dois meses para cá, a única melhora nesse contrato foi o fornecimento da ‘caixinha’ de transporte de baixa temperatura”, detalhou. Esse imunizante necessita ser transportado é armazenado a -70° C, o que as geladeiras do SUS não comportam.”

    Leia e assista também

    Veja quais são as fases de distribuição da vacina de acordo com plano do governo

    SP mantém vacinação em 25/1, apesar da intenção da Saúde de comprar a Coronavac

    5 perguntas sobre vacinação contra Covid-19 que devem ser respondidas no Senado

    Negociações

    Aos senadores, Pazuello também afirma que Brasil não está sendo “atropelado” por outros países em relação às vacinadas do novo coronavírus. Ele disse que assinou memorando de entendimento e interesse com todas as fabricantes que procuraram a pasta e que o Brasil está na vanguarda.

    Embora ainda não tenha nenhum contrato fechado, o ministro reiterou que está nos planos da pasta a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, e o imunizante da Pfizer/BioNTech. O único negócio fechado do Ministério da Saúde é com a AstraZeneca/Universidade de Oxford.

    Nas contas dele, no mês de janeiro, o Brasil terá 24,7 milhões de doses com 500 mil da Pfizer, 9 milhões da CoronaVac e 15,2 milhões da AstraZeneca. Já em fevereiro, serão 37,7 milhões de doses, com mais 500 mil da Pfizer, 22 milhões da Coronavac e 15,2 milhões da Oxford. Em março, ainda de acordo com o ministro, serão 31 milhões de doses, com 1 milhão da Pfizer, e as vacinas chinesa e inglesa se equilibrando, com cada laboratório produzindo 15 milhões.

    Ou seja, nos cálculos da pasta, de janeiro a março de 2021, o país deve ter 93,4 milhões de doses de imunizantes com aplicação dupla, atendendo, assim, 46,7 milhões de pessoas.

    Produção

    A Fiocruz é responsável pela vacina de Oxford e o Instituto Butantan, da CoronaVac. A partir de julho, a Fiocruz conseguirá produzir 20 milhões de doses por mês. E o Butantan já anunciou que consegue fazer 30 milhões de doses por mês, ainda no primeiro semestre.

    “Quando somamos esses números, estamos numa vanguarda. Não estamos sendo atropelados. Temos condições de executar esse plano de forma macro com o MS, com os planos de logística dos estados e com os planos de execução das cidades”, reforçou Pazuello.

    Tópicos