Baía do Paraíso: conheça destino na Turquia para uma viagem de luxo

A ultraexclusiva Villa Maçakızı ocupa uma imensa mansão branca de dez quartos

Maureen O'Hare, Tom Bouchier-Hayes, Işıl Sarıyüce, Victoria Rubadiri e Andrew Waller, da CNN
Villa Macakizi
Villa Macakizi é uma área privada na Turquia  • Divulgação/Villa Macakizi
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“O que você gostaria? Lagostas dançantes no almoço?”. É assim que Sahir Erozan, dono do lendário resort Maçakızı, na península de Bodrum, nos apresenta sua mais nova aposta: a ultraexclusiva Villa Maçakızı.

Entre terraços cobertos por buganvílias e jardins de ervas aromáticas que descem até o mar, ergue-se esta imensa mansão branca de dez quartos — um cenário em que os sonhos podem, de fato, se tornar realidade. Desde que se esteja disposto a pagar por isso.

Conhecido como “Mr. Bodrum”, Erozan fez da hospitalidade de luxo sua missão de vida. Herdou a marca Maçakızı da mãe, Ayla Emiroglu, que nos anos 1960 foi peça-chave na transformação daquela tranquila comunidade pesqueira em refúgio boêmio.

Sob a gestão dele, a clientela ficou ainda mais sofisticada. A lista de hóspedes é sigilosa, mas nomes como Mick Jagger, Kate Moss, Naomi Campbell e Bill Gates já teriam passado por lá.

A villa conta com piscina, academia, spa e uma seleção de obras da coleção particular de Erozan. Mas a estrela do lugar é a gastronomia sob medida, conduzida pelo chef-celebridade Carlo Bernardini, que veio especialmente para a ocasião.

Se o imóvel é uma espécie de “fábrica de Willy Wonka para adultos”, Bernardini é o maestro de olhos brilhantes, inventando delícias tão fantasiosas quanto o cenário — aqui, no entanto, a cascata não verte chocolate, mas sim Dom Pérignon 2015.

“Tudo o que as pessoas desejarem, por mais extravagante que seja, Carlo e sua equipe conseguem realizar”, garante o gerente-geral do Maçakızı, Andrew Jacobs.

Ele explica que a villa é extremamente reservada, sem acesso real por estrada: os hóspedes chegam de barco à Cennet Koyu (“Baía do Paraíso”), cercados de vizinhos igualmente endinheirados.

É nessa costa norte da península que a elite turca passa o verão, trocando a correria de Istambul ou Ancara por praias de areia fina e mar cintilante.

A Baía do Paraíso, uma enseada deslumbrante a leste de Göltürkbükü, desponta como o novo refúgio preferido do 1% mais rico, atraindo tanto o jet set local quanto astros internacionais.

“Carlo é ótimo em organizar festas aqui”, diz Jacobs, enquanto mostra as áreas de jantar à beira-mar. “Em um dia de julho, 30 pessoas podem virar 200, e estamos sempre prontos.”

Para completar essas celebrações, há uma adega repleta de rótulos raros. “É impossível colocar preço no que temos aqui”, diz Jacobs. “Mas é muito.”

A diária da villa parte de US$ 50 mil (cerca de R$ 265,2 mil) na alta temporada, podendo subir bastante, dependendo dos extras personalizados escolhidos pelos hóspedes.

Mandarin Oriental Bodrum

Inaugurada em 2019, a Villa Maçakızı não está sozinha: outros gigantes do luxo vêm consolidando a região.

A rede Bulgari, que tem hotéis em Londres, Tóquio e Milão, decidiu apostar em Bodrum e está construindo um enorme resort do outro lado da baía, previsto para abrir em 2027, em um terreno de dez hectares de jardins projetados do zero.

Já rumo ao oeste, o Mandarin Oriental Bodrum ocupa uma encosta tão vasta que até pode ser explorada no Google Street View. Carrinhos de golfe circulam pelas ladeiras levando hóspedes de quartos, apartamentos e vilas até os restaurantes, bares e clubes de praia.

“Todas as nossas villas têm piscina e jardim privativos, todas de frente para a Baía do Paraíso”, conta o gerente Cem Akşahin, enquanto nos apresenta uma delas, que pode custar dezenas de milhares de dólares por noite.

Segundo ele, o resort atrai uma clientela de alto padrão do mundo inteiro, que chega em megaiates privados acompanhada de chefs particulares e mordomos. “Nossa função é elevar cada detalhe da experiência dessas férias”, afirma.

O complexo conta ainda com uma “vila de compras” com 40 marcas internacionais e restaurantes de prestígio. Neste verão, a rede japonesa Roka abriu uma filial ali, servindo seus pratos icônicos e criações inéditas em um terraço ao ar livre com vista para a baía.

Maxx Royal Bodrum

O Maxx Royal Bodrum e o Scorpios Bodrum ficam em encostas opostas, de frente um para o outro, separados pela água • Maureen O'Hare/CNN via CNN Newsource
O Maxx Royal Bodrum e o Scorpios Bodrum ficam em encostas opostas, de frente um para o outro, separados pela água • Maureen O'Hare/CNN via CNN Newsource

Seguindo mais ao oeste, estão o Maxx Royal Bodrum e o Scorpios Bodrum, que se encaram de colinas opostas.

No Maxx Royal, o impacto começa já na entrada, com aromas delicados no amplo saguão que se abre para um deck sobre o mar, onde os hóspedes recebem chá de boas-vindas.

As suítes de madeira clara com telhados de palha, todas com piscina privativa, parecem saídas de uma maquete arquitetônica — pedaços prontos de uma utopia à beira-mar.

As Hill Villas, de quatro quartos, chegam a custar dezenas de milhares de dólares por noite e são consideradas o ponto alto do resort, segundo Dina Çelebi, responsável pela experiência dos hóspedes.

A grande aposta do Maxx Royal, no entanto, é seu spa de dois andares e 5.750 metros quadrados, o maior da região. São 20 salas de tratamento, incluindo hamam, sala de sal do Himalaia e um centro de longevidade de última geração.

“Nossos clientes são viajados, bem informados. O bem-estar é tendência forte no turismo, mas queremos criar uma conexão personalizada”, afirma a gerente do spa, Banu Alagöz Najemeddin.

Para ela, a localização também faz diferença: “Esta é a terra dos curadores. A região do Egeu é especial, com flora, fauna e mar únicos.”

Scorpios

Na alta temporada, a baía se enche de barcos • Maureen O'Hare/CNN via CNN Newsource
Na alta temporada, a baía se enche de barcos • Maureen O'Hare/CNN via CNN Newsource

A marca de beach club Scorpios, famosa em Mykonos, chegou a Bodrum em 2024, funcionando apenas durante a temporada de verão.

“Bodrum e Mykonos combinam muito em termos de natureza, sol e mar”, diz o gerente Can Erikan. “Além disso, estão numa posição de ponte entre o Oriente e o Ocidente, ambas recebendo um público internacional.”

O Scorpios recebe uma clientela sofisticada que, entre linho branco e túnicas esvoaçantes, divide os dias entre festas no terraço à beira-mar e práticas de bem-estar, retiros de longevidade e performances artísticas.

“Não somos só um conceito de vida noturna”, explica Erikan. “Aqui é uma experiência de 24 horas, do nascer ao pôr do sol.”

O encerramento da temporada está marcado para o fim de semana de 19 a 21 de setembro de 2025, quando hóspedes e visitantes vão dançar até o último pôr do sol do verão.

Depois, os iates que lotaram a baía partem, dando lugar a uma tranquilidade de baixa estação — igualmente atraente para quem busca um pedaço exclusivo do paraíso.

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