Inverno no Hemisfério Norte: 8 resorts de esqui que unem agito e sofisticação na neve
Enquanto o calor dá as caras no Hemisfério Sul, o frio garante esportes radicais e aconchego em meio ao gelo na parte de cima do mundo; confira dicas e bons destinos para a temporada
Separe os casacos e as botas de frio, pois a temporada de neve já está entre nós – pelo menos no Hemisfério Norte.
Se está a fim de deixar nosso calor de lado e aproveitar a temporada 2022/23 de neve fora do país, a dica é aproveitar os resorts de esqui na Europa e nos Estados Unidos, que saem na frente quando o assunto é acelerar o coração com esportes radicais no gelo e de quebra montar bonecos na neve ao lado das crianças.
Preparados para se divertirem na neve? Então separem as roupas mais pesadas e viajem comigo com as dicas abaixo.
E atenção: caso vá esquiar pela primeira vez (ou ainda não tenha tanta confiança), este guia prático te ajudará.
Destinos de neve na Europa
Suíça, França e Itália possuem algumas cidades e localizações que usufruem das temperaturas abaixo de zero para serem verdadeiros resorts na neve.
Grandes declives para a prática de esqui e snowboard parecem apenas detalhes nestes locais, já que gastronomia estrelada, hotéis supersofisticados e visuais arrebatadores nos esperam ao redor das montanhas.
Seja em Zermatt, na Suíça, ou ainda na concorrida Courchevel, na França, as estações de esqui ainda ganham agito extra no après-ski, ou seja, no período pós-esqui, quando a animação toma conta dos restaurantes e dos centrinhos com lojinhas e galerias.
A temporada vai geralmente do final de novembro a abril e o melhor de tudo é que pode ser aproveitada de diferentes formas: seja a dois numa viagem mais romântica, seja com a família ou ainda com programação voltada para a criançada.
Courchevel, França
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Courchevel é lar de hotéis sofisticados que oferecem o melhor da hospitalidade em meio à neve; banheiras de hidromassagem quentíssimas ficam em meio à temperaturas negativas • Acervo pessoal
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Daniela Filomeno em uma das pistas de esqui de Courchevel • Acervo pessoal
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Região também consta como a região de esqui e de neve que mais contém restaurantes estrelados pelo Guia Michelin • Acervo pessoal
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O après-ski, ou seja, as atividades depois do esqui, são animadas e várias casas oferecem shows aliados a boas refeições • Acervo pessoal
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São mais de 600 km esquiáveis e mais de 300 lifts pela região de Courchevel • Acervo pessoal
Considerada a capital mundial do esqui, Courchevel pulsa no meio dos Alpes Franceses.
A estância foi criada justamente para ser um resort de esqui luxuoso e integra a região dos Les Trois Vallées (os Três Vales), em que fica na maior área esquiável interligada do mundo – que inclui também Val Thorens e Méribel.
A maioria dos picos fica acima dos 1.800 metros de altitude, o que nos garante neve de qualidade durante a temporada, em que esquiamos com paisagens surpreendentes, com a montanha Mont Blanc ao fundo, por exemplo.
A área conta com mais de 600 km esquiáveis, 318 pistas e 170 lifts (teleféricos que levam os esquiadores), dividida ainda em quatro vilas: Courchevel 1300, Courchevel 1550, Courchevel 1650 e Courchevel 1850.
Cada número refere-se à altitude e o interessante é que a atmosfera muda a cada subida: enquanto 1550 é mais voltada à famílias, uma animação festeira embala Courchevel 1650 e, por fim, 1850 é lugar de hotéis 5 estrelas e centrinho com lojas de grife.
Courchevel vai além e surpreende amantes da gastronomia do mundo todo, já que o pequeno vilarejo francês corresponde a estação de esqui com a maior concentração de restaurantes estrelados pelo Guia Michelin.
O Le 1947, por exemplo, tem distinção de três estrelas, feito inédito nos alpes e também em toda a França. O restaurante fica dentro do Cheval Blanc, hotel superluxuoso em Courchevel 1850, e conta com um inigualável menu-degustação de sete tempos.
Além de ser possível realizar quase todas as modalidades de esportes na neve, também podemos ter um gostinho das montanhas do alto: passeios de parapente são feitos com acompanhamento de um profissional e sobrevoam o Col de la Loze, passagem de montanha nos Alpes Franceses a uma altitude de mais de 2.300 metros.
E os baixinhos também têm diversão: são inúmeras as atividades voltadas para todas as idades que envolvem desde aulas de esqui, brincadeiras monitoradas na neve, entretenimento dentro dos hotéis e até um centro indoor aquático, o Aquamotion, com diversas atividades que os fazem até esquecer das temperaturas baixas.
Para a temporada 22/23, uma novidade: em 16 de dezembro foi aberta a Ultima Courchevel Belvédère, coleção de 13 residências que oferecem serviços de hotel 5 estrelas com privacidade e exclusividade de uma residência privada.
Situado entre Courchevel 1850 e 1650, os hóspedes podem desfrutar de tranquilidade enquanto estão a poucos passos de lojas e restaurantes.
Saiba mais sobre onde comer, ficar e encontrar os restaurantes mais animados de Courchevel aqui.
Zermatt, Suíça
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Daniela Filomeno no topo do Matterhorn, montanha que é protagonista da região e fica na divisa entre Suíça e Itália - é possível avistar a pista de esqui e o lado italiano de lá de cima • Acervo pessoal
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A famosa vila de Zermatt fica abaixo do pico Matterhorn, em que a estância não autoriza carros e ainda oferece boutiques de luxo, esqui profissional e uma agitada cena aprés-ski • Zermatt/Leander Wenger
Zermatt é uma cidade de apenas seis mil habitantes que carrega a essência dos Alpes Suíços. Com cara de vila, o local nos presenteia com romantismo e paisagens magníficas da Matterhorn, montanha protagonista dos Alpes na fronteira entre Suíça e Itália.
Assim, a cerca de 1.600 metros de altitude, Zermatt é a pedida certa para esportes na neve e espaços para práticas de esqui em diferentes níveis. Os aventureiros podem aproveitar os 360 km de pistas, divididas em variadas áreas.
Amantes do snowboard também têm uma área específica para a prática: o The Snowpark Zermatt, que possui vistas privilegiadas para a Matterhorn e fica aberto o ano todo.
O centrinho – que mais parece cenário de filme – tem diversos cafés, restaurantes, bares e lojas, e o charme fica bem nítido na rua principal, a Bahnhofstrasse.
O bacana é que os carros ficam em casa: o tráfego deles é proibido na cidadezinha (apenas alguns transportes elétricos dos hotéis são permitidos), o que faz de Zermatt um local para ser descoberto a pé.
As crianças também não ficam paradas: há até um mascote que as recebe na cidade, a Wolli, uma simpática ovelha. Aulas na neve, programação nos hotéis e áreas de neve voltadas para os pequenos são opções.
Caso queira um gostinho do lado italiano, o Theodul Pass, a mais de 3.200 metros, conecta Zermatt a Breuil-Cervinia, uma vila na região do Vale de Aosta.
Interlaken, Suíça
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Daniela Filomeno em Jungfraujoch, Top of Europe, que concentra um centro de entretenimento a cerca de 3.500 metros de altitude • Acervo pessoal
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Para chegar até lá é preciso pegar um teleférico e um trem a partir de Interlaken - a estação é a mais alta de toda a Europa • Acervo pessoal
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Lá do alto é possível se deparar com um mirante com vistas para as montanhas e o maior glaciar da Europa • Acervo pessoal
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Além de ser uma das mais populares estâncias de esqui da Europa, Interlaken também mostra um encanto extra por suas ruas, construções e paisagens. Requinte, aconchego, bons restaurantes e hotéis se juntam para criar uma das áreas mais incríveis do continente.
Interlaken é o ponto de partida para as regiões de Kleine Scheidegg-Mannlichen, Grindelwald-First e Mürren-Schilthorn, que somam mais de 200 km de pistas de esqui.
Pistas para trenós, trilhas invernais, saltos de paraglider, pesca e patinação no gelo também formam a programação para aqueles que não desejam somente esquiar.
Passeios por vilarejos vizinhos ou até de barco pelos lagos Thun e Brienz são programas que fazem brilhar os olhos. A cidadezinha também reserva algumas surpresas a pé, em que no meio do caminho, na via principal, encontramos lojas, cafés, hotéis, restaurantes e chocolaterias.
Interlaken também é a base para o trio de montanhas Eiger, Mönch e Jungfrau, esta última considerada Top of Europe, ou seja, o topo da Europa, já que sua altitude ultrapassa os quatro mil metros.
Aqui fica a Jungfraujoch, a estação ferroviária mais alta de toda a Europa. O trajeto é fabuloso, em que contemplamos paisagens montanhosas cobertas de neve e penhascos afiados.
Na estação há um mirante para as montanhas e para o maior glaciar dos Alpes, o Aletsch, além de ser o lar de uma estação de estudos climáticos e um verdadeiro complexo de entretenimento na neve. Ice bar, tirolesa, Palácio de Gelo, restaurantes e esqui completam as atividades.
Dolomitas, Itália
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Durante inverno, as Dolomitas ficam recheadas de neve e o esqui se torna esporte favorito - experimente o complexo Dolomiti Superski Area – união de 12 resorts que totalizam cerca de 1.200 km de pistas • Umberto Salvagnin
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Lago di Braies, nas Dolomitas da Itália, é um dos lagos mais bonitos da Europa com suas águas verde esmeralda em meio aos picos da região • Wikimedia Commons
Cordilheira dos Alpes italianos, as Dolomitas são consideradas Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco e se estendem por cinco províncias charmosas.
Muitos viajantes até escolhem fazer um bate e volta a partir de Veneza, que não fica muito longe do coração da região. De beleza estonteante, lagos, montanhas, campos verdejantes e vilarejos históricos ficam espalhados por aqui.
E o esqui torna-se uma atividade disputada no inverno, em que o gigante complexo Dolomiti Superski Area – união de 12 resorts que totalizam cerca de 1.200 km de pistas que podem ser acessadas com um ski pass – garantem pistas para todos os gostos e níveis.
Assim, o esporte na neve e os resorts são apenas um dos programas incríveis por aqui: as Dolomitas também abrigam cidadezinhas incríveis e oferecem variadas opções gastronômicas, boutiques e um clima típico italiano.
Cortina D’ampezzo é um desses locais que abrigam centrinho histórico, resorts cinco estrelas e restaurantes badalados. Val di Funes é outra região recomendada: pertencente a Bozano, o vale tem a cara de um mix entre Suíça e Áustria, tanto em relação ao cenário quanto à cultura local.
Destinos de neve nos EUA
Já nos Estados Unidos, os resorts de neve estão situados essencialmente mais ao oeste e norte do país, como nos estados do Colorado e de Utah.
Aspen e Park City, por exemplo, são cidades preparadas para nos receber da melhor forma: centrinhos elegantes, hotéis sofisticados, restaurantes que nos aquecem com criações gastronômicas e, claro, grandes áreas para a prática de esportes na neve.
É uma delícia terminarmos o dia ao redor de uma fogueira ou ainda em banheiras de hidromassagem quentíssimas que contrastam com as temperaturas abaixo de zero do lado de fora.
Aspen, Colorado
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Aspen é uma das estâncias de esqui mais conhecidas dos EUA e também dos brasileiros na hora de esquiar • Craig Turpin
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O charme da temporada também reside no entorno, já que a infraestrutura possui ótimos hotéis, galerias de arte, lojas de grife e gastronomia ímpar • Divulgação
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Expansões inéditas e programas especiais nos restaurantes locais, como jantares no topo da montanha e apresentações de bandas e DJ's nas quatro montanhas ao final do dia, prometem agitar a temporada • Jordan Curet
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É um dos locais de neve mais conhecidos do país. O clima e a geografia propiciam montanhas nevadas, mas o charme da temporada reside também no entorno: ótimos hotéis, galerias de arte, lojas de grife e gastronomia ímpar.
São quatro montanhas espalhadas pela cidade indicadas para esportes: Buttermilk, Highlands, Aspen Mountain e Snowmass. Esta última é a maior delas, com 1.448 hectares, 94 pistas divididas em 241 km e gôndola.
Para a temporada 2022/23, que começou em 14 de novembro e vai até 16 abril, algumas novidades se fazem presentes, como a inauguração de uma infraestrutura de US$ 23 milhões da base Buttermilk, com um edifício de mais de 800 m² e também um novo restaurante e bar.
Expansões inéditas e programas especiais nos restaurantes locais, como jantares no topo da montanha e apresentações de bandas e DJ’s nas quatro montanhas ao final do dia, também prometem agitar o período.
Entre 3 e 5 de março, o Audi FIS World Cup Ski Racing, a Copa do Mundo de Esqui Alpina, volta para Aspen com os melhores esquiadores do mundo – vale lembrar que Aspen já foi sede de mais de 100 Copas do Mundo de esqui feminino e masculino.
O Aeroporto do Condado de Aspen-Pitkin, inaugurado em 1946 e também conhecido como Sardy Field, atende a área turística de Aspen, Colorado, com voos domésticos de pequeno e médio porte que chegam dos principais destinos dos Estados Unidos.
Vail, Colorado
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Vail, no Colorado, Estados Unidos, é um dos destinos preferidos dos brasileiros quando o assunto é neve nos EUA • Wikimedia Commons
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Dividido basicamente em dois centrinhos, local oferece diferentes tipos de esportes, desde os tradicionais esqui e snowboard a esqui biking – mistura de esqui com bicicleta - e pista com terrenos virgens • Picryl
Outro ponto esquiável no Colorado é Vail, cidade que corresponde à maior montanha de esqui do estado.
O local concentra um dos maiores complexos de ski lifts dos EUA e oferece diferentes esportes, desde os tradicionais esqui e snowboard até esqui biking – mistura de esqui com bicicleta – e pista com terrenos virgens para esquiadores avançados.
Dividida basicamente em dois centrinhos, Lionshead Vail Square e Vail Village Mountain Plaza, as ruas destes locais são charmosas e contam com lojas, spas, restaurantes e hotéis – como os de grande redes luxuosas, a exemplo do Four Seasons, do Ritz-Carlton e do Grand Hyatt.
A cidade é facilmente acessada a partir de diversos pontos dos país, já que fica a apenas 48 km do aeroporto de Eagle County e a cerca de 160 km do aeroporto de internacional de Denver.
Park City, Utah
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Main Street de Park City é centrinho onde a vida acontece além do agito das montanhas • Getty Images
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Cidade conta com hotéis redes sofisticadas, como Waldorf Astoria, Marriott, Hyatt, entre outros, que variam nos preços e nos serviços ofertados • Wikimedia Commons
Próxima a Salt Lake City, no oeste dos EUA, Park City é a maior área esquiável do país e sua neve é considerada uma das melhores do mundo.
São duas as estâncias principais: Park City Mountain e o Deer Valley Resort, que ocupam quase 40 mil hectares de área e oferecem uma variedade de pistas.
Enquanto Park City conta com pistas de vários níveis e também concentra centrinho charmoso, Deer Valley é como um resort cinco estrelas.
Entre as novidades para a temporada 22/23 estão novos restaurantes e experiências après-ski no resort Park City Mountain.
O Deer Valley Resort tem acesso expandido à área de iniciantes com um teleférico que conecta a base do Snow Park até a pista de esqui Deer Hollow – um novo restaurante de frutos do mar, Cast & Cut, também se faz presente.
Além das atividades voltadas apenas para esqui ou snowboard, outras atrações interessantes ficam ao redor, como o Parque Olímpico de Utah, que sediou os Jogos Olímpicos de 2002.
Woodward também está na lista, parque com atividades outdoor e indoor onde o tubing, boia gigante que escorrega na pista coberta de neve, é a atividade mais popular.
Já no quesito après-ski, ou seja, depois do esqui, a Main Street é a rua central da cidade e que corresponde ao centrinho. Com cara de filme de Natal, o local reúne butiques e galerias de arte, além de bares, restaurantes, destilarias e ainda cervejarias ideais para recarregar as energias.
A cidade conta com hotéis de grandes redes sofisticadas, como Waldorf Astoria, Marriott, Hyatt, entre outros, que variam nos preços e nos serviços. O destino é acessado a partir do aeroporto internacional de Salt Lake City, a apenas 35 minutos de carro.
Jackson Hole, Wyoming
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Vista panorâmica da vila, que possui montanha famosa pelos terrenos acidentados e declives • Divulgação
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Um dos cartões postais de Jackson Hole é o aerial tram, espécie de bondinho, que transporta até cem pessoas a partir da base Teton Village • Divulgação
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Local oferece diferentes tipos de atividades na neve além de esqui e snowboard, como ainda ice skating, paragliding e tours de bike • Divulgação
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Com mais de 100 pistas, Jackson Hole, no estado de Wyoming, é famoso por terrenos acidentados e declives acentuados, o que torna o local ideal para os que já possuem familiaridade com os esportes na neve.
Com um entorno recheado de vistas deslumbrantes, Jackson Hole fica entre vales e nos apresenta uma natureza exuberante.
Ice skating, paragliding e tours de bike são apenas algumas das várias atividades que podem ser realizadas na região. Também encontramos a diversidade nos diferentes tipos de hospedagem – desde cabanas e camping até quartos do Four Seasons.
Os restaurantes locais servem truta, alce e bisão, mas podemos encontrar ainda cozinhas de outras partes do mundo, como japonesa, tailandesa e indiana.
Jackson Hole é uma das comunidades de resorts de montanha mais acessíveis da América do Norte, em que é servida pelo aeroporto de Jackson Hole – a temporada de inverno é servida com voos diretos entre as principais cidades dos EUA, como Nova York, Chicago, Atlanta, Dallas, Los Angeles e São Francisco, para citar algumas.
Vale ressaltar que um dos cartões postais de Jackson Hole é seu aerial tram, que transporta até cem pessoas a partir da base Teton Village, que acomoda um centro supercharmoso.