Oceania Cruises estreia navio no Mar Adriático com experiências sob medida

Com capacidade máxima de 1.200 hóspedes, Allura aposta na gastronomia como diferencial, além de luxo nos detalhes e curadoria em alto-mar e terra firme

Lucas Wilches, do Viagem & Gastronomia
Navio Allura, da Oceania Cruises, no Mediterrâneo
Novidade da Oceania Cruises, Allura comporta até 1.200 passageiros e foca em experiências desenhadas  • Divulgação/Oceania Cruises
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A estreia de um novo navio costuma ser cercada de expectativa. Mas bastam poucos minutos a bordo do Allura, lançamento da Oceania Cruises, para perceber que a proposta da companhia vai além do brilho da inauguração.

Logo ao entrar, já é possível sentir que o luxo não é exibido, ele está nos detalhes. Está na iluminação que valoriza obras de arte espalhadas por todos os andares. Está no design dos ambientes, minimalista e elegante, que transmite conforto e requinte sem exageros.

Está também no silêncio bem-vindo, no aroma de pão recém-saído da padaria e na maneira como cada funcionário sorri e se apresenta pelo nome.

O navio comporta até 1.200 passageiros em cabines com vista para o mar e varanda. Ganhou os mares com uma travessia entre Trieste, na Itália, e Atenas, na Grécia, marcando o início de uma temporada inaugural.

Agora, a partir da capital grega, navegará por toda a região Mediterrânea. A embarcação é a segunda da classe Allura. Este, construído pelo estaleiro italiano Fincantieri, é irmão do navio Vista, lançado em 2023.

Conforto em todos os ambientes

A percepção de conforto cresce à medida que se percorre os espaços do navio. O deque principal, onde está a piscina, é amplo, com áreas de sombra e espreguiçadeiras.

Um nível acima, há um campo de minigolfe, quadra de pickleball e uma academia impressionante — entre as mais bem equipadas já vistas em alto-mar. O spa também é destaque: moderno, silencioso e com tratamentos variados. Cada ambiente surpreende pelo cuidado estético e pela coerência entre decoração, iluminação e funcionalidade.

Outro elemento que se revela com o tempo é a hospitalidade. A tripulação é numerosa, atenciosa e genuinamente solícita. Não se trata de uma gentileza programada: há conversa, espontaneidade e atenção em cada atendimento, seja no bar, na recepção ou durante os passeios em terra.

Gastronomia como pilar principal

O pilar central da Oceania continua sendo a gastronomia. O lema “The Finest Cuisine at Sea” (“A Mais Refinada Gastronomia em Alto-mar”, em português) é levado a sério: são mais de 12 espaços gastronômicos com uma operação de cozinha robusta.

O navio abriga uma enorme estrutura dedicada à produção de alimentos, com centenas de profissionais envolvidos em cada refeição.

Um destaque, além de todas as estações que abastecem cada um dos restaurantes, é a padaria. Durante todo o dia, pães frescos saem do forno para abastecer restaurantes, cafés e serviço de quarto. É um detalhe que traduz a qualidade com que a operação é conduzida.

Por falar em restaurantes, o Red Ginger impressiona com uma leitura contemporânea da culinária asiática. É saboroso, elegante, com pratos cheios de personalidade.

Já o Jacques traduz o espírito francês do navio. O ambiente é refinado, e o serviço, preciso. Pratos como o beef tartare, finalizado à mesa, tornam a refeição um espetáculo à parte. A carta de vinhos também merece menção: há rótulos incluídos no pacote, mas uma seleção à parte oferece grandes nomes de Bordeaux e outros clássicos.

Outro diferencial gastronômico que chama a atenção é o compromisso com ingredientes locais. Em algumas noites, o jantar é composto exclusivamente por produtos frescos adquiridos nos mercados visitados pelo navio em cada porto.

Em Ravenna, por exemplo, na costa italiana, um jantar especial foi montado com queijos, massas, doces e vinhos regionais — uma noite memorável, que representou o sabor da região. Essa conexão com o local, não apenas turística, mas também culinária, enriquece a experiência de maneira autêntica.

Viver o destino fora do navio

Apesar de ser uma embarcação que convida a desfrutar cada detalhe da estrutura, a Oceania também valoriza o tempo em terra. Os roteiros são desenhados para que o passageiro não apenas veja os lugares por onde passa, mas realmente viva o destino. E isso exige curadoria, com passeios cuidadosamente selecionados.

Em Dubrovnik, na Croácia, a aventura foi um passeio de caiaque contornando as muralhas da cidade. Em Montenegro, visitas a produtoras de vinhos locais. Na Itália, degustações com famílias regionais. São experiências que equilibram cultura, natureza e gastronomia — e que ampliam a sensação de descoberta sem que o luxo fique restrito ao navio.

Próximas paradas

Allura tem 246 metros de comprimento, 68.000 toneladas brutas e dois funcionários a cada três hóspedes • Lucas Wilches
Allura tem 246 metros de comprimento, 68.000 toneladas brutas e dois funcionários a cada três hóspedes • Lucas Wilches

Com a temporada inaugural em pleno andamento, o Allura seguirá navegando por diferentes regiões do mundo ao longo de 2025. Depois das rotas pelo Mediterrâneo — incluindo paradas em ilhas gregas, costa italiana e Riviera Francesa, o navio atravessa o Atlântico rumo ao Canadá e Nova Inglaterra, com escalas em cidades como Montreal, Quebec e Nova York.

A partir de dezembro, embarca em uma série de cruzeiros pelo Caribe, com saídas de Miami e paradas em destinos como Antígua, Aruba e St. Barths. Os roteiros variam entre sete e 14 noites e mantêm o foco da companhia: unir conforto, gastronomia de excelência e experiências culturais cuidadosamente selecionadas em cada porto.

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