Restaurante mais antigo do mundo luta para sair da crise causada pela Covid-19
Botín foi obrigado a fechar as portas quando a pandemia do novo coronavírus atingiu a Europa
O Restaurante Botín, acolhedor endereço em Madri, na Espanha, foi fundado em 1725 e está registrado no livro de recordes Guiness como o restaurante mais antigo do mundo.
Assim como a maioria dos estabelecimentos do ramo, o Botín foi obrigado a fechar as portas quando a pandemia do novo coronavírus atingiu a Europa.
“Quando fechamos, ficamos devastados porque nunca havíamos fechado antes. Mesmo durante a Guerra Civil Espanhola, meu avô manteve o Botín aberto”, disse Antonio González, gerente geral do local.
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A casa serve pratos tradicionais da culinária espanhola – de cordeiro a leitão assado. Antes da pandemia, a cozinha recebia um carregamento de cordeiros e porcos três a quatro vezes por semana, vindos da região de Sepúlveda-Aranda-Riaza, a cerca de 160 km ao norte de Madri.
A área das mesas também é parte da experiência, e González classifica o local como um “museu dos restaurantes”. Os clientes podem optar por comer em uma das salas antigas, incluindo a favorita do gerente: a adega.
História
A casa foi inaugurada há quase três séculos por um cozinheiro francês chamado Jan Botín, mas era mais uma taberna do que um restaurante. Durante o século 18, o local cozinhava apenas o que os próprios clientes levavam. Isso porque, na época, era proibido vender comida, já que poderia prejudicar outros negócios.
O restaurante foi passando por membros da família Botín até o século 20. Os avós de González compraram o local em 1930 e continuaram expandindo.
Ao longo dos anos, muitos autores notáveis frequentaram a casa, de Ernest Hemingway a F. Scott Fitzgerald. Alguns deles inclusive mencionaram o Botín em suas obras, como Hemingway em O sol também se levanta.
O local recebeu diversas gerações de clientes, e felizmente não vai ser retirado do Guinness por ter fechado durante a pandemia.
Pensando positivo
O restaurante quatro estrelas reabriu as portas no dia 1º de julho, recebendo somente uma parte dos clientes que costumava receber antes da doença. González disse que eles costumavam servir até 600 pessoas por dia – agora atendem cerca de 60.
Mas ele não se deixa abater e planeja estabilizar as perdas da melhor forma que puder, focando no futuro. “Não vejo a hora de sair dessa crise e ser mais forte e melhor que antes”, afirmou. “É uma oportunidade fantástica para refletir e melhorar que pudermos.”
(Texto traduzido, clique aqui e leia o original em inglês.)