A tribo das “mulheres girafas” em Chiang Mai, na Tailândia
Entenda a polêmica visita às mulheres girafas em Chiang Mai.
Entenda a polêmica visita às mulheres girafas em Chiang Mai.
Aqui há uma controvérsia, por isso retrato o que me foi passado em pesquisas locais. Não estou incentivando ou condenando o passeio, mas retratando. Muita gente me escreveu dizendo que elas são mantidas nesta reserva, sem poder sair, porém me informaram no local e na cidade de Chiang Mai que elas saem, sim, porém escondem as argolas com lenços, para não serem incomodadas. Deram como “prova” o cadastro de refugiadas, assim como outras obrigações de cidadãos comuns, que só podem fazer na cidade. Continuo seguindo atrás de mais informações. Se alguém tiver, por favor, poste aqui nos comentários.
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Baan Tong Luang, a tribo das “mulheres girafa”, é um das mais interessantes experiências de Chiang Mai, na Tailândia. Originalmente da Birmânia, há 40 anos migraram fugindo da guerra civil em busca de melhores condições de trabalho. Hoje, moram em uma comunidade sustentada por seu trabalho nos campos de arroz, artesanato e ingressos pagos por turistas para visitar a aldeia.
Por que os anéis em volta do pescoço e nas pernas? Antigamente, para honrar a ancestralidade com os dragões, segundo suas crenças. Hoje, se tornou sinal de beleza. Somente mulheres da tribo que nascem em uma quarta-feira com lua cheia podem usar os anéis, feitos de bronze, que são colocados desde os cinco anos de idade, um por ano, até 40 anos. Ao contrário que pensávamos, os anéis não aumentam o pescoço, ele desloca o ombro para baixo, o que alonga, principalmente por conta do seu peso.
Questionei muito, mas eles esta tradição é vista assim como as dos nossos índios que colocam pedaços de madeira ou pintam seus corpos, lá são colocados estes anéis. Independentemente do incentivo de turistas, elas seguem com esta prática por uma tradição milenar, que está fadada a ser extinta, pelo número reduzido da população delas.
Esta tribo vive há séculos na Birmânia, com esta prática, muito antes do turismo. É uma tradição muito valorizada entre eles. A prática não é feita para o turismo. Ao contrário, na Birmânia recebem 4 dólares por dia para trabalharem em campos de arroz – se tiverem a sorte de trabalharem, pois o país vive entre guerra civil e o governo, tentando independência. Estas famílias vêm para a Tailândia em busca de oportunidades. Aqui, trabalham em campos de arroz e moram em comunidades, onde conseguem complementar a renda com artesanatos e turismo. Locais retratam que as vêem sim na cidade, porém são discretas e reservadas, preferem ficar isoladas na maioria das vezes. Elas podem tirar argolas para trabalharem nos campos de arroz, pois precisam tomar cuidado com movimentos bruscos. Porém, a maioria delas trabalha com artesanato – ou seja, é o meio de subsistência delas.