Débora Bergamasco
Blog
Débora Bergamasco

Débora Bergamasco é jornalista, com passagem pelas redações de Estadão, Folha, O Globo, Época, IstoÉ e SBT

Análise: Aliados ofertam diálogo com EUA como ativo de Eduardo Bolsonaro

Governadores cogitam nomear Eduardo Bolsonaro como secretário estadual para negociar tarifas com os EUA, usando suas conexões com o governo americano como trunfo

Compartilhar matéria

Governadores alinhados à direita estão articulando a nomeação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para um cargo em secretaria estadual, em uma estratégia que visa tanto preservar seu mandato parlamentar quanto estabelecer canais de negociação com os Estados Unidos sobre as tarifas comerciais.

A movimentação surge em um momento crítico, quando estados brasileiros buscam alternativas para lidar com o possível aumento de 50% nas tarifas anunciado pelos Estados Unidos. A iniciativa considera que Eduardo Bolsonaro mantém conexões significativas com o governo americano, o que poderia beneficiar as negociações estaduais.

A articulação tem dois objetivos principais: além de buscar uma interlocução direta com os EUA para questões comerciais, a nomeação permitiria que Eduardo Bolsonaro mantivesse seu mandato como deputado federal. Como secretário estadual, ele poderia se licenciar da Câmara dos Deputados sem risco de perder o cargo por faltas injustificadas.

Os articuladores da proposta argumentam que, mesmo que as negociações precisem ser feitas de forma isolada por estado, a imprevisibilidade do cenário político americano poderia abrir brechas para acordos setoriais específicos. A possibilidade de negociações paralelas para setores mais afetados em cada estado é vista como uma alternativa viável pelos apoiadores da iniciativa.

Apesar do otimismo de alguns governadores quanto à proposta, há preocupações sobre possíveis tensões institucionais e questionamentos sobre a efetividade prática de negociações comerciais conduzidas de forma independente por estados brasileiros com os Estados Unidos.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.