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    Planos de saúde devem ficar R$ 128 mais caros, em média, neste ano no Brasil

    Levantamento da CNN usou como referência o preço médio de um convênio e o cálculo das entidades do setor do aumento para 2022

    Lucas Janoneda CNN , no Rio de Janeiro

    O brasileiro deverá ter um adicional mensal de R$ 128, em média, no valor dos planos de saúde.

    O levantamento feito pela CNN considera um plano de saúde com serviço hospitalar e ambulatorial que custa R$ 800, valor médio, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a projeção da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), que estimam aumento 16% nos convênios médicos, conforma já anunciado pelas entidades.

    Em comunicado enviado à CNN, nesta sexta-feira (6), a ANS não deu uma data de quando o reajuste será anunciado. No entanto, de acordo com o estatuto, o próximo índice oficial já pode começar a valer a partir deste mês.

    Uma vez definido, já começa a ser o aplicado pelas operadoras a partir da data de aniversário do contrato (mês de contratação do plano). A base anual de incidência é de maio até abril do ano seguinte.

    Caso a projeção se concretize, será a maior alta já aprovada pela ANS no período de um ano. O maior reajuste anual até hoje fora de 13,57%, em 2016, de acordo com os dados da série histórica da ANS, iniciada em 2000.

    De acordo com a agência, o Brasil possuía 49 milhões de beneficiários de planos de saúde em fevereiro desse ano, contra 47,6 milhões em fevereiro de 2021.

    À CNN, o Superintendente Executivo da Abramge, Marcos Novais, explicou os principais motivos para o possível reajuste recorde no preço dos planos de saúde e destacou a pandemia de Covid-19 como principal causa do encarecimento do serviço no país.

    “No ano passado, as despesas médicas cresceram mais de 23%, enquanto as receitas cresceram apenas 9%. Somente em 2021, o prejuízo do setor foi de R$ 1 bilhão. Precisamos desse aumento para reequilibrar tonar mais sustentáveis”.

    Entre os principais fatores considerados para o aumento no preço, a ANS avalia a variação das despesas assistenciais com atendimento aos beneficiários dos planos, variação por faixa etária e a despesa das operadoras.

    A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também é levado em consideração para o reajuste no país.

    É importante destacar que apenas o reajuste dos planos de saúde individuais é definido pela ANS. Nos planos de saúde coletivos – empresarial ou por adesão -, os aumentos são estabelecidos diretamente pelas operadoras.

    No caso dos planos coletivos, os reajustes já vem ocorrendo. Em 2021, o reajuste médio foi de 5,55% para os contratos com 30 vidas ou mais, e de 9,84% para os contratos com até 29 vidas, de acordo levantamento da ANS com dados até maio do ano passado.

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