Embaixador do Brasil nos EUA se diz honrado em comparecer a posse de Biden
Em mensagem no Twitter, Nestor Forster declarou-se 'muito animado' para trabalhar com a nova gestão do governo norte-americano
![Embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Forster, publicou foto no Capitólio durante posse de Joe Biden Embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Forster, publicou foto no Capitólio durante posse de Joe Biden](https://www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/06/23481_0D307C8BDAA546F7-1.jpg?w=1220&h=674&crop=1&quality=85)
![Embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Forster, publicou foto no Capitólio durante posse de Joe Biden Embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Forster, publicou foto no Capitólio durante posse de Joe Biden](https://www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/06/23481_0D307C8BDAA546F7-1.jpg?w=1920&h=1080&crop=1)
Escolhido para o cargo pelo seu alinhamento com a ideologia bolsonarista e simpatia pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster, disse em sua conta no Twitter nesta quarta-feira (20) estar honrado em comparecer à posse do presidente dos EUA, Joe Biden, e declarou-se “muito animado” para trabalhar com a nova gestão.
Forster publicou uma foto sua em frente ao Capitólio, no local reservado a convidados, incluindo representantes das embaixadas. Na publicação, marcou Biden, sua vice, Kamala Harris, e o ex-secretário de Estado John Kerry, figura central na campanha de Biden.
Na véspera, em entrevista à CNN, Forster disse que os valores compartilhados entre as duas nações continuam intactos e as relações devem continuar fortes.
Desde a confirmação da eleição de Biden, o embaixador passou a tentar uma aproximação com a equipe do democrata, através de parlamentares com quem Forster já tinha contatos.
Ao mesmo tempo, no entanto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mantinha os questionamentos à eleição de Biden e repetia o discurso trumpista que alega falsamente a existência de fraude nas eleições norte-americanas.
Mesmo depois de ter cumprimentado Biden pela eleição – um dos últimos chefes de Estado a fazê-lo, 38 dias depois do pleito –, Bolsonaro continuou ecoando Trump e há pouco mais de duas semanas repetiu a apoiadores que acreditava em fraude na eleição nos EUA.
Mas, para além das questões políticas, que têm pouca repercussão entre os norte-americanos, outras posições brasileiras foram alvo direto de críticas de Biden desde a campanha.
O democrata já ameaçou impor sanções ao Brasil pelo desmatamento na Amazônia e deve ter um postura ambiental muito mais dura do que seu antecessor.
O receio do impacto que essa postura possa ter nos negócios brasileiros levou parte do governo a tentar abrir pontes com os democratas. Chegou a circular a possibilidade de Forster, que foi confirmado apenas no ano passado como embaixador, ser substituído, mas a ideia não agrada a Bolsonaro.
Até o momento, o Itamaraty conta com a ideia de que será possível contar com a profissionalismo da diplomacia norte-americana e também dos diplomatas brasileiros, em sua maioria, abrir canais, mesmo que sem a proximidade que havia com Trump – que rendeu poucos benefícios reais ao Brasil.
(Com informações da Reuters)