ONG espera receber refugiados da Ucrânia nas próximas semanas, diz coordenadora
À CNN Rádio, Valquíria Lima, da Cáritas Brasileira, explicou que há diferenças para o visto humanitário concedido para cidadãos que fugirem da guerra da Ucrânia
Em entrevista à CNN Rádio, no CNN no Plural, a coordenadora nacional da Cáritas Brasileira, Valquíria Lima, disse que há a expectativa de que “nas próximas semanas tenhamos a chegada” de ucranianos que fugiram da guerra.
Ela explicou que a lei brasileira permite a concessão de visto humanitário para países que tiveram guerras, como Afeganistão, Haiti e Síria. “As portas estão abertas. Mas, no caso da Ucrânia, o visto é concedido apenas para ucranianos, pessoas de outras nacionalidades que moram lá não vão poder solicitar o visto humanitário.”
No caso do Afeganistão, por exemplo, qualquer pessoa que more lá pode pedir o visto, não necessariamente apenas os afegãos.
Na avaliação de Valquíria, houve até certa demora para o Brasil lançar a portaria que beneficia os ucranianos.
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Refugiados da Ucrânia chegam a abrigo temporário em Korczowa, na Polônia • Sean Gallup/Getty Images
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Refugiados choram e se abraçam após encontrar parentes do outro lado da fronteira da Ucrânia com a Polônia • Attila Husejnow/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Pessoas esperam por refugiados em estação de trem nas proximidades da fronteira entre Rússia e Ucrânia • Janos Kummer/Getty Images
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Refugiada ucraniana cruza a pé a fronteira da Ucrânia com a Polônia • Attila Husejnow/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Refugiados acampam perto da fronteira entre a Ucrânia e a Polônia • Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images
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Abrigo de refugiados ucranianos na Polônia • Agnieszka Majchrowicz/Anadolu Agency via Getty Images
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Estação de trem na Polônia registra alto fluxo de refugiados vindos da Ucrânia • Agnieszka Majchrowicz/Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas evacuam a cidade de Irpin, a noroeste de Kiev, no décimo dia da guerra Rússia-Ucrânia em 5 de março de 2022 • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Crianças evacuadas de um orfanato em Zaporizhzhia chegam ao principal terminal ferroviário em Lviv, Ucrânia, no dia 5 de março • Dan Kitwood/Getty Images
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Estudantes indianos voltaram da Ucrânia depois da invasão da Rússia; pais e outros parentes se emocionaram ao receber os alunos no aeroporto internacional Índia Gandhi, em Nova Délhi, Índia, no dia 5 de março. Governo indiano amplia a Operação Ganga, uma operação de resgate para evacuar cidadãos indianos • Salman Ali/Hindustan Times via Getty Images
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Refugiados que fugiram da Ucrânia estão sendo abrigados em um ginásio esportivo em Zgorzelec, na Polônia • Danilo Dittrich/picture alliance via Getty Images
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Pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia encontram abrigo em ginásio esportivo convertido temporariamente em um abrigo, na região de Nowa Huta, em Cracóvia, na Polônia, em 15 de março de 2022 • Omar Marques/Getty Images
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Refugiados ucranianos cruzam a ponte sobre o rio Tisza, que conecta a Ucrânia com a Romênia • Denise Hruby/CNN
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Refugiados e voluntários locais descarregando ajuda vinda da Romênia • Denise Hruby/CNN
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Refugiados ucranianos estão sendo acolhidos em centro a dois quilômetros de distância do antigo campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau • Reuters
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Rada, 2 anos, alimenta-se em Medyka, Polônia, após deixar a Ucrânia 11/03/2022 • REUTERS/Fabrizio Bensch
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Ponto de ajuda para refugiados da Ucrânia que foi inaugurado no Estádio Municipal Henryk Reymans. em Cracóvia, na Polônia • NurPhoto via Getty Images
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Pessoas retiradas da região de Mariupol, na Ucrânia • Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
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Voluntários preparam ajuda humanitária para refugiados em Lviv, Ucrânia • 06/03/2022REUTERS/Pavlo Palamarchuk
A Cáritas é uma das organizações mais atuantes no acolhimento de refugiados e migrantes. Ela foi fundada no Brasil em 1956 e é vinculada à Conferências Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
“Nós temos atuado com a questão da migração e refúgio e, na nossa experiência, o Brasil tem recebido pessoas de países como Venezuela, Cuba, Senegal, Haiti, Síria e Afeganistão.”
De acordo com ela, a “sociedade civil e organizações humanitárias só podem agir porque há apoio internacional”: “Há poucas políticas públicas nacionais, mesmo para garantir o básico.”
Essas primeiras necessidades são a documentação, apoio à formação, iniciativa de conectar os migrantes a empresários para cursos de capacitação, garantir segurança alimentar e nutricional, saneamento, higiene e acesso à informação.
“Esse primeiro acolhimento, essa inserção à sociedade, é nosso papel, e só acontece porque recebemos recursos internacionais, não há programa específico no Brasil para continuar fazendo atendimentos humanitários”, completou.