Pré-candidatos se posicionam sobre guerra Rússia x Ucrânia
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia iniciou a invasão ao país vizinho em 24 de fevereiro
Os pré-candidatos à Presidência da República se manifestaram nesta semana sobre a invasão de forças militares russas à Ucrânia.
Líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o Twitter para condenar a guerra na Ucrânia.
O petista disse que considera lamentável que países tentem resolver suas divergências com a utilização de bombas, tiros e ataques quando deveria ter sido resolvido “numa mesa de negociação”.
No primeiro dia de conflito, porém, a bancada do PT no Senado havia publicado uma nota em que condenava o que chamou de política de agressão dos Estados Unidos à Rússia e extensão da Otan às fronteiras russas.
A nota foi apagada após a repercussão negativa.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém a defesa pela neutralidade do Brasil em relação ao conflito. No fim de semana, em resposta a jornalistas, ele disse ser um exagero chamar a guerra de massacre.
Bolsonaro esteve recentemente na Rússia, quando expressou solidariedade ao país. Em posicionamentos na ONU, o Brasil tem reiteradamente condenado a guerra na Ucrânia.
O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) condenou a guerra; disse que “o Brasil deve repudiar, sem meias palavras, a invasão russa. Sem esquecer do quadro maior: o esforço de grandes potencias para subjugar países menores”.
Ciro diz ainda que “rebelar-se contra a imposição dessa hegemonia é imperativo de vida e dignidade”.
João Doria (PSDB), Sergio Moro (Podemos), Simone Tebet (MDB) e Felipe d´Avila (Novo) — que disputam a chamada terceira via — assinaram juntos uma carta aberta de apoio à Ucrânia.
O comunicado diz que a defesa da paz, soberania nacional e legitimidade da ordem internacional sempre pautou a política externa brasileira, e quando esses princípio são violados, não há espaço para neutralidade.
“Nós tornamos público o nosso repúdio à invasão da Ucrânia e oferecemos a nossa solidariedade ao povo ucraniano. Pedimos à Rússia que retome o caminho da diplomacia para a restauração da paz. Pedimos ao governo brasileiro que se posicione, unindo-se às nações que defendem a soberania da Ucrânia e a solução pacífica do conflito”, diz o documento.
A defesa da paz, da soberania nacional e da legitimidade da ordem internacional sempre pautou a política externa brasileira. Quando esses princípios cardeais são violados, não há espaço para neutralidade. (+)
— Simone Tebet (@SimoneTebetms) March 1, 2022
Todos os pré-candidatos que assinaram a carta já haviam se manifestado individualmente no primeiro dia de invasão.
Resumo para entender o conflito
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer do dia 24 de fevereiro, as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país.
O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).
O que se viu nos dias a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.
Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira. O Ocidente, no entanto, aplicou sanções financeiras pesadas aos russos.
Fotos – Os pré-candidatos à Presidência
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 • CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT • Foto: Ricardo Stuckert
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez • FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência • Divulgação/Flickr Simone Tebet
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Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência • ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido • Marcello Casal Jr/Agência Bras
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Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 • Romerito Pontes/Divulgação
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Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente • Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) • Reprodução Facebook