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    Rússia tem “interesse estratégico” nos corredores humanitários, diz professor

    À CNN Rádio, Lucas Carlos Lima avaliou que, além da questão humanitária, cidades vazias significariam menos resistência dos ucranianos às tropas da Rússia

    Bel CamposAmanda Garciada CNN , Em São Paulo

    Os corredores humanitários, abertos na Ucrânia para a saída de cidadãos das zonas de maior ataque das tropas russas, também interessam estrategicamente para a Rússia.

    Em entrevista à CNN Rádio, o professor de direito internacional da UFMG, Lucas Carlos Lima, explicou: “Há algo estratégico nos corredores humanitários, que é deixar as cidades mais vazias e sem resistência. Há sempre pessoas que ficam, mas há interesse da Rússia em evacuar, como aconteceu na Síria.”

    Mesmo assim, Lucas Carlos Lima destacou que a grande vantagem é que as pessoas podem sair das zonas de conflito intenso. “Até então, a Rússia não tinha anunciado um cessar-fogo de faro, o que gerava insegurança, Mariupol tentou levar comboios, mas os ataques continuavam.”

    “A a promessa desta quarta-feira (9) é de que é um cessar-fogo de 12 horas e não haveria bombardeamento, vamos verificar durante o dia, há rumores de que há grupos que tentam atacar, espalhar essas iniciativas, mas não dá para saber com precisão”, completou.

    O professor também chamou a atenção de que a Cruz Vermelha atua como um garantidor do funcionamento seguro do corredor humanitário e lembrou: “Mesmo os grupos que decidiram não sair das cidades têm direito à ajuda humanitária.”

    Para ele, o nível da tragédia dos refugiados “é sem precedentes” e os países estão se articulando para receber essas pessoas “não só para criar situações de segurança, mas também um futuro”.

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