Ucrânia diz que 100 mil civis não conseguem fugir de Mariupol

Autoridades ucranianas afirmam que a Rússia não está permitindo a abertura de corredores seguros

Natalia Zinets e Alessandra Prentice, da Reuters, Lviv
Civis tentam deixar Mariupol, uma das cidades mais atingidas pela Rússia na Ucrânia
Civis tentam deixar Mariupol, uma das cidades mais atingidas pela Rússia na Ucrânia  • Anadolu Agency via Getty Images
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A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse nesta terça-feira (22) que pelo menos 100 mil civis queriam fugir de Mariupol, no sul da Ucrânia, mas não conseguiram devido à falta de corredores seguros para sair da cidade portuária sitiada.

Segundo ela, o bombardeio das forças russas também estava impedindo que equipes de resgate acessassem o local de um teatro bombardeado em Mariupol, onde autoridades da cidade dizem que centenas estariam abrigados no subsolo quando foi atingido por um ataque aéreo na semana passada.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a cidade "está sendo reduzida a cinzas", mas que "sobreviverá." Um oficial ucraniano afirmou que a cidade segue sob pesado bombardeio russo: "bombas caem a cada 10 minutos."

O Ministério da Defesa da Rússia nega o bombardeio ao teatro e afirma que não houve movimentação de suas aeronaves sobre a cidade naquele dia.

A Rússia também nega que esteja atacando alvos civis e afirma que suas ações se concentram em instalações militares. O bombardeio de um shopping na região de Kiev, por exemplo, foi admitido pelos russos como um ataque a um depósito de armas e foguetes ucraniano.