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    Áreas da ciência têm grande disparidade de gênero, diz Jaqueline Goes

    Unesco promove nesta sexta-feira (11) o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

    Ester Cassaviada CNN*Renata Souzada CNN , em São Paulo

    Para comemorar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pela ONU Mulheres, a CNN conversou com a biomédica Jaqueline Goes, que fez parte do grupo de pesquisa que sequenciou o coronavírus, logo após o primeiro caso confirmado no Brasil.

    “O mundo, de modo geral, é desigual. Existe uma disparidade de gênero significativa dentro da área científica e o Brasil também segue essa tendência, infelizmente”, alertou a cientista.

    Segundo a pesquisadora, apesar de termos mulheres entrando para a carreira científica, os cargos de decisão ainda são majoritariamente ocupados por homens.

    “E é justamente contra isso, pelo menos para que a gente tenha um pouco mais de equidade nesse aspecto, que a gente tanto luta e traz essa pauta para a discussão”, afirmou Goes.

    Embora o trabalho de sequenciamento do vírus feito pelo grupo de pesquisa da biomédica ter sido amplamente reconhecido à época, o Brasil enfrenta dificuldade para intensificar esse processo.

    Na avaliação da cientista, “o que falta para o Brasil são recursos que sejam utilizados para capilarizar essa abordagem de se realizar o sequenciamento e identificar possíveis variantes novas que já estejam circulando na população”.

    Para garantirmos um futuro menos desigual, Goes defendeu que “é justamente você trazer política públicas que incentivem não só essas mulheres que já estão na carreira científica, mas também aquelas que desejam entrar”.

    Cenário epidemiológico

    A cientista também fez uma avaliação do momento atual da pandemia no país, que recentemente enfrentou um pico de casos causados pela variante Ômicron.

    Segundo Goes, apesar de caminharmos “em uma fase muito positiva em termos de vacinação, com aderência da população”, o momento ainda pede cautela.

    A pesquisadora alertou para a imprevisibilidade do surgimento de novas variantes e para a necessidade de serem mantidos os cuidados individuais de proteção.

     

    *Sob supervisão de Ludmila Candal

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