Secretário da Polícia Civil do RJ rebate declaração de Oruam
Em resposta ao rapper que é filho do Marcinho VP, Felipe Curi defendeu a legitimidade da megaoperação e chama policiais de heróis
O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, manifestou-se, nesta quarta-feira (29), sobre as críticas à megaoperação realizada contra o Comando Vermelho, defendendo a legitimidade das ações policiais.
"O rapper Oruam, filho do chefe da facção, que é o Marcinho VP, falou que 'por atrás do fuzil tem uma pessoa'. Hoje não tem mais vítima. O policial está sendo tratado como vilão, mas é o herói", disse Curi.
O secretário afirmou que os agentes estavam protegendo a população e destacou o impacto do crime organizado nas comunidades, mencionando situações como a instalação de barricadas, cobrança de taxas ilegais e impedimento de serviços básicos como coleta de lixo e socorro médico.
Ele também rebateu as acusações de suposta "chacina" por conta das quase 130 mortes contabilizadas durante a ação no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha. "Chacina é a morte indiscriminada e ilegal de várias pessoas ao mesmo tempo, de maneira aleatória. A operação foi uma ação legítima do Estado", afirmou.
A operação envolveu mais de 2.500 policiais e teve como objetivo o cumprimento de 180 mandados de busca e apreensão, além de cerca de 100 mandados de prisão. "A ação foi direcionada ao que ele descreveu como "centro neurálgico" da organização criminosa", disse Curi.
Sobre as mortes na operação, justificou: "Quem optou pelo confronto foi neutralizado. A reação da polícia depende da ação do criminoso. É simples assim, quem não optou pelo confronto foi preso".
Curi alertou ainda para a expansão da organização criminosa em território nacional, afirmando que o grupo já está presente em praticamente todos os estados do Brasil, disputando territórios e estabelecendo centros de comando em diferentes localidades.


