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    Seis dias após temporal, Petrópolis tem previsão de mais chuva

    Defesa Civil informou o acionamento das sirenes de 15 regiões nesta segunda-feira (21); número de mortos já passa de 180

    Rafaela Cascardoda CNN , em Petrópolis

    O município de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, vive o sétimo dia em Estágio Operacional de Crise devido aos acumulados pluviométricos desde a última terça-feira (15). Para esta semana, a previsão é de chuva moderada a forte entre a tarde e a noite. Ao menos 178 pessoas morreram na tragédia.

    A Defesa Civil informou que já acionou as sirenes das seguintes regiões: Alto da Serra (Ferroviários), Itaipava (Gentio), Vale do Cuiabá, Vila Felipe (Chácara Flora), Independência (Rua O e Taquara), Quitandinha (R. Ceará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Duques e Amazonas), Dr. Thouzet, João Xavier, São Sebastião (Vital Brazil, Adão Brand).

    A situação também é preocupante por causa do elevado número de ocorrências: mais de 1.200 desde terça-feira até o momento, como deslizamentos de terra e inundações.

    A Defesa Civil orienta que a população fique atenta aos novos avisos, que podem ser emitidos a qualquer momento. O órgão solicita que os habitantes das áreas de risco fiquem atentos às recomendações de mobilização e necessidade de deslocamento em situação de risco. Em caso de emergência, os telefones 199 (Defesa Civil) e 193 (Corpo de Bombeiros) devem ser acionados.

    A previsão de chuva ainda preocupa os moradores que deixaram para trás pessoas que não quiseram sair das áreas de risco. A ativista social Maria do Carmo Narciso perdeu vários vizinhos e teme que uma nova tragédia ocorra.

    “Meus vizinhos não querem sair, cismaram que não vão sair. Fico preocupada, mas não posso fazer nada. Quando tudo começou, na terça, eu coloquei o máximo de pessoas que eu podia dentro da minha casa, que estava melhor, mas a terra era muita, tivemos que sair”, disse Maria do Carmo.

    Até o momento, 847 pessoas ainda estão desabrigadas. O Colégio Estadual Rui Barbosa, que fica no Alto da Serra, uma das regiões mais prejudicadas, abriga cerca de 125 pessoas de 40 famílias. O local também é usado para a solicitação do aluguel social. Cerca de 1.117 famílias conseguiram concluir o cadastro até esta segunda-feira (21).

    “Minha família está toda aqui, são 21 pessoas. Eu entrei em desespero porque não tenho para aonde ir. Ninguém está aqui porque quer. A gente está aqui porque precisa. Minha casa está pendurada, não tem como ir pra lá. A sorte é que eu estava no serviço na hora do temporal”, afirmou a babá Hanya Araújo.

    A Paróquia Santo Antônio, também no Alto da Serra, é outro ponto de acolhimento importante. Cerca de 220 pessoas estão abrigadas no local. O espaço está precisando de doações de toalha de banho, lençol, fronha, travesseiro, colchões, meias, café, arroz, trigo, sal, saco para montagem de cestas básicas e produtos de higiene pessoal.

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