Operação em SP mira grupo que movimentou R$ 6,8 bi com fraudes financeiras

De acordo com a Polícia Civil, suspeitos utilizavam acessos indevidos à instituições financeiras para desviar valores e lavar dinheiro; oito pessoas foram presas

Bruna Lopes, da CNN Brasil*, Felipe Souza, da CNN Brasil, em São Paulo
Viatura da polícia em São Paulo  • SSP SP
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A Polícia Civil de São Paulo, através da 2ª DCCiber (Delegacia de Crimes Cibernéticos) e do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), deflagrou na manhã desta terça-feira (9) a Operação Azimut, que mira uma organização criminosa suspeita de fraudar sistemas financeiros e lavar dinheiro no estado de São Paulo.

A ação buscava cumprir ao todo 12 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária em três cidades — Campinas, Hortolândia e São Paulo. De acordo com a polícia, 40 agentes participaram da operação.

Oito pessoas foram presas e quatro seguem foragidas. 

Estima-se que, em dois anos, os suspeitos movimentaram cerca de R$ 6,8 bilhões. A hipótese levantada pela polícia é de que os valores sejam oriundos de fraudes praticadas contra instituições financeiras.

As investigações, que começaram em janeiro deste ano, apontam que os envolvidos movimentavam valores das contas de vítimas por meio de acesso com credenciais indevidamente obtidas para efetuar transferências não autorizadas, gerando prejuízos milionários para instituições financeiras.

De acordo com as apurações, o montante desviado teve como beneficiário uma única empresa.

Segundo a polícia, uma única empresa vítima da fraude teve um prejuízo de R$ 19,2 milhões decorrentes de movimentações financeiras ilegais conduzidas pelo grupo. Os valores adquiridos de maneira ilícita eram, mais tarde, movimentados atráves de outras empresas e contas, usadas para mascarar a origem do dinheiro.

O delegado Maicon Richard afirmou que ainda há muita coisa para se investigar, mas que considera que a operação de hoje teve êxito.

Acredita-se ainda que o grupo estava envolvido em outros furtos mediante fraude.

Os integrantes da quadrilha irão responder por organização criminosa e lavagem de dinheiro.

*Sob supervisão de Carolina Figueiredo