CCJ do Senado se antecipa e aprova bagagem de mão gratuita em voos
Proposta garante gratuidade de bagagens de mãos em voos nacionais e internacionais; tema também é analisado na Câmara
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira (22) projeto que garante gratuidade para bagagens de mão de até 10kg em voos nacionais e internacionais. Aprovada por 15 votos e de forma terminativa, a proposta poderá seguir diretamente para a análise da Câmara dos Deputados, caso não haja recurso para votação no plenário do Senado.
O tema já é debatido pelos deputados. Na terça-feira (21), a Câmara aprovou o regime de urgência para acelerar a análise de um projeto que garante a gratuidade de uma bagagem de mão e um item pessoal, como bolsas e mochilas, em voos. O projeto é de autoria do deputado Da Vitória (PP-ES) e foi apresentado neste mês.
Na CCJ do Senado, o projeto aprovado é de 2020 e foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), atual líder do governo no Congresso. O relator, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), não propôs mudanças. A matéria foi incluída como extrapauta na reunião do colegiado nesta manhã.
"O que propõe o projeto de lei é exatamente normatizar, e não apenas ficarmos na dependência de regulações que, muitas das vezes, não correspondem ou não respondem às expectativas daqueles que se servem do transporte aéreo", disse Veneziano. Segundo o relator, o projeto mira garantir "direitos mínimos dos usuários do transporte aéreo".
O debate sobre a cobrança das novas tarifas pelas bagagens de mão teve início após as companhias reduzirem os valores de passagens internacionais, porém, adicionando uma nova tarifa à bagagem que não possa ser armazenada abaixo do assento à frente.
Na Câmara, o relator do projeto que teve a urgência aprovada, deputado Neto Carletto (Avante-BA), avalia expandir o escopo da proposta. Ele cogita, por exemplo, incluir a gratuidade para o despacho de uma mala – garantir que foi vetada em 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). Como a CNN Brasil mostrou, a análise do veto presidencial ainda está pendente de análise no Congresso.