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    CPI da Pandemia ouve o ex-ministro e deputado Osmar Terra nesta terça-feira (22)

    Parlamentar é apontado como integrante de um suposto gabinete paralelo que orientaria o presidente Jair Bolsonaro sobre decisões relacionadas à pandemia

    Renato Barcellos, da CNN, em São Paulo

    A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia ouve nesta terça-feira (22) o ex-ministro da Cidadania e deputado federal Osmar Terra (MDB-RS). O parlamentar é apontado como integrante de um suposto gabinete paralelo que orientaria o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre decisões relacionadas à pandemia de Covid-19.

    À CNN, no entanto, o ex-ministro afirmou que a tese da CPI sobre a existência de um gabinete paralelo “é uma falácia”. 

    “Estou muito tranquilo [com o depoimento à CPI]. Lamento apenas as distorções e as matérias que tentam me desqualificar, pinçando frases. Essa teoria de gabinete paralelo é uma falácia”, disse.

    Terra também se notabilizou na pandemia por fazer uma série de previsões que não se concretizaram, como a de que morreriam apenas 800 pessoas de Covid-19. O parlamentar também é apontado como um defensor da tese da imunidade de rebanho.

    Mas, o ex-ministro também contesta essa versão da CPI. “Nunca defendi imunidade de rebanho como estratégia. Ela é o resultado de qualquer epidemia, com ou sem vacina.”

    Inicialmente, os senadores aprovaram a convocação do deputado. Após pedido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no entanto, a convocação foi transformada em convite. Dessa forma, o ex-ministro pode não comparecer à sessão ou deixar a reunião a qualquer momento.

    A presença de Terra foi requerida pelos senadores Alessandro Vieira (sem partido), Humberto Costa (PT-PE), Rogério Carvalho (PT-SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

    A participação de Osmar Terra no “gabinete paralelo” foi citada pela primeira vez em maio, durante depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta à CPI. Na ocasião, Mandetta afirmou que “outras pessoas” buscavam desautorizar orientações do Ministério da Saúde a Jair Bolsonaro. Entre eles, o deputado federal.

    Em uma reunião realizada em setembro do ano passado com a presença do presidente da República, o parlamentar foi apresentado como “padrinho” de um grupo de médicos que apoiavam o uso de remédios sem eficácia contra a Covid-19. 

    Segundo os petistas Humberto Costa e Rogério Carvalho, em várias oportunidades, Osmar Terra externou sua opinião sobre a forma como deveria se dar o enfrentamento à crise.

    “Imunização coletiva não pela vacinação em massa da população, mas por meio da exposição do maior número possível de pessoas”, afirmam os parlamentares nos requerimentos.

    (Com informações da Agência Senado)

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