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    CPI da Prevent Senior na Câmara de SP pede indiciamento de 20 pessoas

    Empresa diz contestar relatório e ter total interesse nas investigações

    Carolina FigueiredoIngrid Oliveirada CNN

    Nesta segunda-feira (4), foi apresentado e aprovado o relatório final da CPI da Prevent Senior na Câmara Municipal de São Paulo. O relatório pediu o indiciamento de 20 pessoas por diferentes crimes.

    A operadora de saúde foi alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) por uma série de suspeitas de irregularidades durante a pandemia.

    Entre elas, estão os testes em pacientes infectados com a Covid-19 com o medicamento hidroxicloroquina, que não tem eficácia contra o vírus, e de ter pressionado médicos para receitar os medicamentos do “kit Covid” — coquetel de drogas que, sem efeito contra o coronavírus, ainda oferece risco sobretudo às pessoas com comorbidades.

    A empresa ainda teria assediado pacientes para que aceitassem o “tratamento precoce” e ocultado as informações sobre os procedimentos.

    A CNN entrou em contato com a assessoria da Prevent. Em nota a empresa disse:

    “A Prevent Senior contesta o relatório, as sugestões de indiciamentos e reafirma ter total interesse em que investigações técnicas, sem contornos políticos, possam restabelecer a verdade dos fatos. A direção da Prevent Senior, seus mais de 3 mil médicos e 12 mil colaboradores seguirão trabalhando para prestar atendimento de excelência aos seus mais de 550 mil beneficiários, como tem feito ao longo dos seus 25 anos de existência, sem qualquer vínculo político.”

    Após análises dos parlamentares, o relatório final da CPI inclui as acusações: 

    • Homicídio e Tentativa de Homicídio, art. 121 do Código Penal;
    • Homicídio e Tentativa de Homicídio, art. 121 do Código Penal;
    • Perigo para a vida ou saúde de outrem, art. 132 do Código Penal;
    • Omissão de Socorro, art. 135 do Código Penal;
    • Crime Contra a Humanidade, art. 7º, k, do Decreto 4.388 de 2002;
    • Estatuto do Tribunal Penal Internacional – Roma;
    • Crime de falsidade ideológica, art. 299 do Código Penal.

    Entenda as investigações

    As denúncias chegaram à CPI da Covid por um dossiê enviado por médicos que trabalham ou trabalharam em algum hospital da Prevent Senior.

    Segundo o documento, a estratégia seria para o governo federal influenciar a população ao consumo dos medicamentos — cloroquina, azitromicina e ivermectina — para a cura ou prevenção da doença.

    Em setembro de 2021, os membros da CPI ouviram o diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Junior, mas ele negou o conteúdo do dossiê. Em alguns momentos, ele afirmou ainda que o material estava “adulterado”.

    No depoimento, ele confirmou que a operadora orientou médicos a modificarem o código de diagnóstico, conhecido como CID, da Covid-19 em pacientes após um período de internação.

    Há ainda denúncias de possível restrição à liberdade do exercício de atividade profissional dos médicos que, segundo dossiê enviado à CPI, eram orientados a receitar as drogas.

    Em outras palavras, a Prevent Senior está sendo investigada por pressionar médicos a oferecerem de forma irregular aos pacientes o chamado “kit Covid”.

     

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