Análise: Ministros do STF apoiam recados de Moraes a Eduardo Bolsonaro
A analista de política Luísa Martins, durante o CNN Novo Dia, avalia que durante o julgamento, Alexandre de Moraes criticou tentativas de "coagir" o Supremo
Durante o CNN Novo Dia, a analista de política Luísa Martins avaliou que o segundo dia de julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a tentativa de golpe de Estado foi marcado por manifestações de apoio dos ministros às declarações de Alexandre de Moraes, que criticou pressões internacionais sobre a Corte.
Durante a leitura do relatório, Moraes afirmou que uma verdadeira organização criminosa tentou coagir o Supremo Tribunal Federal e submetê-lo ao crivo de outro Estado estrangeiro. O ministro defendeu a soberania nacional e repudiou as agressões contra a corte.
Contexto das sanções
Os comentários de Moraes fazem referência às sanções impostas pelos Estados Unidos, que teriam relação com a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) naquele país.
Segundo investigações da PF (Polícia Federal), o objetivo seria constranger o Poder Judiciário brasileiro e interferir no andamento dos processos judiciais.
A avaliação interna no STF é que as sanções americanas não seriam capazes de alterar o calendário previsto para o julgamento da ação penal. Os ministros consideraram necessário que Moraes, como relator da investigação, marcasse uma posição clara em defesa da independência do Poder Judiciário.
Para garantir a segurança durante as sessões de julgamento, o STF reforçou as medidas de proteção. Foram mobilizados efetivos adicionais, drones e cães farejadores no entorno do prédio. Além disso, fóruns da deep web estão sendo monitorados para identificar possíveis ameaças virtuais.