Planalto posta vídeo com críticas à operação que matou 119 no Rio
Vídeo fala que "matar 120 pessoas não adianta nada" e defende aprovação da PEC da Segurança

O Governo do Brasil publicou, nesta quarta-feira (29), um vídeo crítico à operação realizada no Rio de Janeiro na terça-feira (28). "Matar 120 pessoas não adianta nada no combate ao crime", afirma o conteúdo institucional.
Em tom educativo, o vídeo postado no Instagram do governo define o crime organizado como "um dos maiores problemas do Brasil". "Ele destrói famílias, oprime moradores e espalha drogas e violência pelas cidades [...] E matar criminosos, então, parece a solução", narra o reels.
Segundo o vídeo, ações como a Operação Contenção, que matou 119 pessoas nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense, "também colocam policiais, crianças e famílias inocentes em risco".
"Para combater o crime, precisa mirar na cabeça, mas não de pessoas, tem que atacar o cérebro e o coração dos grupos criminosos. Como o Governo do Brasil fez em agosto, desmontando o esquema que ia da venda de drogas ao maior centro financeiro do país", mencionou ainda o Planalto, relembrando a Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Federal.
A “Operação Carbono Oculto” envolveu cerca de 1.400 agentes e mais de 350 alvos, entre pessoas físicas e jurídicas, em oito estados brasileiros: São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A megaoperação investigou um intrincado esquema bilionário no setor de combustíveis com infiltração de integrantes da facção PCC (Primeiro Comando da Capital).
O vídeo defende, ainda, a PEC da Segurança Pública, enviada pelo governo Federal para o Congresso Nacional.
A PEC inclui na Constituição o Fundo Nacional de Segurança Pública e o Fundo Penitenciário Nacional. A PEC também inclui as guardas municipais no rol dos órgãos de segurança pública previstos na Constituição.
Conforme a proposta, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) passará a se chamar Polícia Viária Federal.
A corporação também terá seu escopo de atuação ampliado para incluir atribuições de policiamento ostensivo em ferrovias e hidrovias, além das rodovias.
"Uma proposta de integrar as polícias para combater o crime", declara o governo. O conteúdo incentiva, ainda, a aprovação da proposta e afirma que o crime "só vai ser vencido" com só vai "as polícias do país inteiro atuando juntas".
A PEC da Segurança Pública pode ser acelerada no Congresso, após os acontecimentos recentes.
Lula se manifesta sobre megaoperação coordenada no Rio
"Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco", disse Lula.
Foi citada pelo presidente a operação da PF (Polícia Federal), em agosto, voltada ao combate à atuação do crime organizado, mais notadamente a facção PCC (Primeiro Comando da Capital), na cadeia produtiva de combustíveis.
Para o presidente, com a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança, encaminhada ao Congresso Nacional em abril, "vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas".
Me reuni hoje pela manhã com ministros do meu governo e determinei ao ministro da Justiça e ao diretor-geral da Polícia Federal que fossem ao Rio para encontro com o governador.
Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e…
— Lula (@LulaOficial) October 29, 2025


