Reforma garantirá sistema tributário mais justo, diz Rigotto, do time de transição

Integrante da equipe de transição, Rigotto afirma que será importante priorizar a reforma tributária no primeiro ano de governo

Da CNN, em São Paulo
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O ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB), responsável pela área de Indústria, Comércio e Serviços na transição de governo avaliou, em entrevista à CNN nesta quinta-feira (10), que a reforma tributária deve ser uma prioridade no primeiro ano de governo.

"Reforma tributária tem a PEC 45 e a PEC 110 prontas para serem votadas. Se o presidente não tiver uma decisão política de fazer com que essa reforma avance, no primeiro ano de governo, de preferência nos primeiros seis meses de governo, ela está preparada, nós não vamos ter a reforma tributária avançando de novo", pontuou.

Rigotto afirma que a reforma é uma oportunidade de ter um sistema tributário que garanta previsibilidade e segurança jurídica para atrair investimentos.

"Tudo isso que o presidente fala vai acontecer se realmente tiver condições de realizar uma reforma como esta que vai garantir um sistema tributário mais justo, mais eficiente, um sistema tributário que mexa nesse chamado custo Brasil, que é um custo Brasil que tira emprego, que tira condições de competir com um produto que vem de fora, ou de garantir o aumento das nossas exportações", afirmou.

Segundo ele, as suas principais contribuições junto à transição de governo têm como base a experiência como governador e parlamentar.

"Qual a minha contribuição dentro da transição? Mostrar caminhos. Mostrar, pela experiência que eu tive, demonstra que se não tiver nos seis primeiros meses, ou no mínimo no primeiro ano de governo, fazer essa reforma avançar, não vai ter essa reforma de novo acontecendo", disse. "Acredito que o presidente no momento que fala em buscar esta questão de competitividade, de previsibilidade, de estabilidade, ele fala em termos exatamente políticas que levem a essa situação", completou.

Rigotto avalia que a reindustrialização do país consiste em um movimento mais amplo do que a recriação do Ministério de Indústria e Comércio.

"Falar em indústria nesse momento, falar em reindustrialização é muito mais do que recriar o Ministério de Indústria e Comércio, nós tivemos Ministério de Indústria e Comércio que não tinha força nenhuma. O ministro queria e não tinha nenhum apoio para exatamente termos uma política que levasse à reindustrialização do país", disse. "Eu vou ajudar neste período pequeno de transição, para que a gente mostre aquilo que entendemos que deve ser o melhor para o país".

(Publicado por Lucas Rocha, com informações de Thiago Felix)