
“Vou dar muito trabalho às raposas”, afirma Damares Alves sobre disputa pelo Senado em Brasília
Candidatura pelo Republicanos divide base bolsonarista na capital federal. Partido de Bolsonaro, o PL, havia lançado Flávia Arruda. Aliados de Flávia acusam Damares de traição

Decidida a disputar o Senado pelo Distrito Federal, a ex-ministra de Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos), afirmou à CNN que vai “dar muito trabalho às raposas” e deixou claro que não quis abrir mão destas eleições, ainda que rivalize com outra candidata bolsonarista, Flávia Arruda (PL), que também foi ministra. “Flávia vai também para a disputa. E o povo vai escolher a melhor proposta. Vai ser uma disputa bonita. Eu gosto muito dela, mas também quero ser senadora”, afirmou Damares.
Após o anúncio da candidatura, a CNN ouviu aliados de Flávia Arruda que acusam Damares de traição. Para essas fontes, houve quebra de acordo do que foi estabelecido em conversa com o presidente Jair Bolsonaro (PL), no Palácio do Planalto, no mês passado. O presidente da bancada evangélica, Sóstenes Cavalcante (PL), afirma que a candidatura de Damares foi um “equívoco” e “um desserviço para a direita”.
Nos bastidores da disputa, em Brasília, a candidatura de Damares Alves já chegou a ser apelidada de Frankenstein, por aliados de Flávia.
Formalmente, a candidata oficial ao Senado, na chapa com Bolsonaro, é Flávia Arruda. Aliados de Damares, no entanto, esperam contar com o apreço pessoal do presidente para atenuar os efeitos negativos da disputa.
As duas vão disputar o voto bolsonarista na capital federal e também o de evangélicos já que, nestas eleições, há apenas uma vaga ao Senado por unidade da federação. Para Damares, a pauta relacionada à infância e aos indígenas vem sendo negligenciada, este será um de seus motes de campanha.
Procurada pela CNN, Flávia Arruda afirmou que não vai se manifestar sobre a candidatura rival.
Galeria: os candidatos a vice-presidente nas eleições
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Ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) é candidato a vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Crédito: Gustavo Magnusson - 2 de 12
General Braga Netto (PL), ex-ministro da Casa Civil e ex-ministro da Defesa, é o candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição
Crédito: Carolina Antunes - 3 de 12
Ana Paula Matos (PDT), vice-prefeita de Salvador, é a candidata a vice-presidente na chapa "puro sangue" de Ciro Gomes
Crédito: Reprodução Twitter - 4 de 12
A senadora Mara Gabrilli (PSDB) compõe uma chapa 100% feminina como vice de Simone Tebet (MDB)
Crédito: Gerdan Wesley - 5 de 12
Marcos Cintra (União Brasil) atuou, durante o Governo Bolsonaro, como secretário da Receita Federal e é o vice na chapa da presidenciável Soraya Thronicke (União Brasil)
Crédito: José Cruz/Agência Brasil - 6 de 12
Tiago Mitraud (Novo), que está em fim de mandato como deputado federal, é o vice na chapa "puro sangue" de Felipe d'Avila (Novo) à Presidência
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Pérola Neggra (Pros) é cabo da Polícia Militar e é vice na chapa presidencial de Pablo Marçal (Pros)
Crédito: Reprodução Instagram - 8 de 12
A indígena Kunã Yporã, ou Raquel Tremembé, do PSTU, é da tribo Tremembé e é vice na chapa 100% feminina de Vera Lúcia (PSTU) à Presidência
Crédito: Divulgação PSTU - 9 de 12
Samara Martins (UP) é dentista do SUS e candidata a vice na chapa de Leonardo Péricles (UP)
Crédito: Thiago Melo / Reprodução Instagram - 10 de 12
Antonio Alves (PCB) é jornalista e vice na chapa de Sofia Manzano (PCB)
Crédito: Reprodução/ PCB / Wikimedia Commons - 11 de 12
Padre Kelmon (PTB), candidato a vice-presidente na chapa de Roberto Jefferson (PTB)
Crédito: Reprodução Facebook - 12 de 12
João Barbosa Bravo (DC), economista e ex-prefeito de São Gonçalo (RJ), é o candidato a vice-presidente na chapa de Eymael
Crédito: Divulgação