O frio é mais um dos obstáculos dos refugiados que escapam da guerra da Ucrânia. No quadro Correspondente Médico de hoje, do Novo Dia, Fernando Gomes, neurocirurgião, explica que a hipotermia não é somente o ‘passar frio”.
“Esta é uma condição clínica em que a terapia do corpo fica abaixo do normal.”
O médico explica que, “para que as reações químicas funcionem de forma adequada, o corpo deve ficar entre 35,1ºC e 37,7 ºC de temperatura corpórea. Quando está abaixo de 35ºC, nós chamamos isso de hipotermia”, diz o médico.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já alertou para os riscos de hipotermia nas regiões da fronteira entre a Ucrânia e a Polônia. Uma região entre os países registrou temperaturas próximas a -10ºC nesta semana.
Gomes explica que, nas situações de hipotermia, os sintomas mais comuns são tremores leves, como uma forma de o próprio corpo tentar equilibrar a temperatura, falta de circulação sanguínea, dormência e cansaço, frequência cardíaca baixa e fala prejudicada.
O especialista aponta a condição de hipotermia entre crianças e adultos. Segundo o neurocirurgião, o adulto tem uma camada de gordura muito maior e uma percepção, um entendimento da situação que faz com que tome medidas ativas em relação a isso.
“Um corpo de tamanho diferente é muito mais fácil de esfriar quando é pequeno. Então existe uma tendência física de uma certa prevenção a essa perda de calor extremo no indivíduo que acaba sendo maior”, disse.
Algumas técnicas podem ser adotadas para que haja uma redução do impacto das baixas temperaturas no corpo.
“A primeira coisa é eliminar essa fonte que estimula a redução da temperatura corpórea, como por exemplo, roupas molhadas ou situações que podem na verdade induzir a temperatura. O reaquecimento precisa ser harmônico”, explica.
A pessoa que está passando por essa condição não deve ser aquecida imediatamente. O médico explica que não se pode pegar um indivíduo que está numa situação grave de hipotermia e de repente subir a temperatura.
“Existe um cuidado para que isso aconteça de uma forma objetiva e principalmente, eliminando o fator principal”, explica.
Assista ao vídeo completo acima.
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Refugiados da Ucrânia chegam a abrigo temporário em Korczowa, na Polônia
• Sean Gallup/Getty Images
Refugiados choram e se abraçam após encontrar parentes do outro lado da fronteira da Ucrânia com a Polônia
• Attila Husejnow/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Pessoas esperam por refugiados em estação de trem nas proximidades da fronteira entre Rússia e Ucrânia
• Janos Kummer/Getty Images
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Refugiada ucraniana cruza a pé a fronteira da Ucrânia com a Polônia
• Attila Husejnow/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Refugiados acampam perto da fronteira entre a Ucrânia e a Polônia
• Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images
Abrigo de refugiados ucranianos na Polônia
• Agnieszka Majchrowicz/Anadolu Agency via Getty Images
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Estação de trem na Polônia registra alto fluxo de refugiados vindos da Ucrânia
• Agnieszka Majchrowicz/Anadolu Agency via Getty Images
Pessoas evacuam a cidade de Irpin, a noroeste de Kiev, no décimo dia da guerra Rússia-Ucrânia em 5 de março de 2022
• Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
Crianças evacuadas de um orfanato em Zaporizhzhia chegam ao principal terminal ferroviário em Lviv, Ucrânia, no dia 5 de março
• Dan Kitwood/Getty Images
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Estudantes indianos voltaram da Ucrânia depois da invasão da Rússia; pais e outros parentes se emocionaram ao receber os alunos no aeroporto internacional Índia Gandhi, em Nova Délhi, Índia, no dia 5 de março. Governo indiano amplia a Operação Ganga, uma operação de resgate para evacuar cidadãos indianos
• Salman Ali/Hindustan Times via Getty Images
Refugiados que fugiram da Ucrânia estão sendo abrigados em um ginásio esportivo em Zgorzelec, na Polônia
• Danilo Dittrich/picture alliance via Getty Images
Pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia encontram abrigo em ginásio esportivo convertido temporariamente em um abrigo, na região de Nowa Huta, em Cracóvia, na Polônia, em 15 de março de 2022
• Omar Marques/Getty Images
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Refugiados ucranianos cruzam a ponte sobre o rio Tisza, que conecta a Ucrânia com a Romênia
• Denise Hruby/CNN
Refugiados e voluntários locais descarregando ajuda vinda da Romênia
• Denise Hruby/CNN
Refugiados ucranianos estão sendo acolhidos em centro a dois quilômetros de distância do antigo campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau
• Reuters
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Rada, 2 anos, alimenta-se em Medyka, Polônia, após deixar a Ucrânia 11/03/2022
• REUTERS/Fabrizio Bensch
Ponto de ajuda para refugiados da Ucrânia que foi inaugurado no Estádio Municipal Henryk Reymans. em Cracóvia, na Polônia
• NurPhoto via Getty Images
Pessoas retiradas da região de Mariupol, na Ucrânia
• Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
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Voluntários preparam ajuda humanitária para refugiados em Lviv, Ucrânia
• 06/03/2022REUTERS/Pavlo Palamarchuk