Coda Bar é inaugurado na Vila Buarque com drinques autorais e alma musical
Com atmosfera intimista e carta criativa, o Coda marca o retorno de Alê D’Agostino à cena paulistana
Em São Paulo, cidade que nunca cansa de brindar, um novo bar ganha força entre os endereços que valem a taça. O Coda, recém-aberto na Vila Buarque, marca o retorno de Alê D’Agostino, um dos nomes mais influentes da coquetelaria brasileira, ao comando de um balcão próprio.
O nome, emprestado do termo musical que indica o desfecho de uma composição, tem tudo a ver com o momento do bartender: depois de anos de consultorias e colaborações, ele assina novamente um projeto autoral.
Instalado na Rua Barão de Tatuí, o Coda é elegante, mas consegue criar um clima de acolhimento. O ambiente tem cimento aparente, luz baixa, sofás confortáveis, mesas próximas e um piano que, vez ou outra, ganha vida. Quando não há apresentação ao vivo, uma playlist vibrante — e no volume ideal para conversar sem esforço (ufa, está difícil achar lugares assim atualmente) — embala o salão, mantendo o clima leve e animado ideal para encontros entre amigos ou um bom date.
A carta é um passeio por sabores autorais, que confirmam o talento inventivo de D’Agostino. Entre os destaques estão o Marzini (R$ 52), com gin, jerez oloroso, infusão de amêndoas e bitter; o Kimchi Old Fashioned (R$ 52), que combina bourbon, espumante e calda de caramelo com kimchi - um toque ousado que é pura personalidade -; e o Tina Tini (R$ 52), com gin, lichia, suco de limão e licor de lichia. Os fãs do extinto Apothek, bar que marcou época em São Paulo, encontram aqui uma homenagem: sete drinques clássicos da antiga casa voltam à cena sob a seção “saudades, Apothek!”, como o Rye Rye Darling (R$ 65), com whisky de centeio, xarope de centeio e bitter de centeio, e o Eva Green (R$ 45), com vodka com sassafrás, gin e Lillet.
Atrás do belíssimo e imponente balcão de mármore, quem dá vida às criações é Lívio Poppovic, velho parceiro de Alê dos tempos do Apothek. “Não existia a menor chance de ser outra pessoa”, diz o bartender, que volta a se ver no lugar onde tudo começou: entre garrafas, coqueteleiras e o brilho do gelo estalando no copo.
A cozinha, assinada pela consultora Laila Radice, inclui petiscos como a croqueta de camarão com molho gochujang (R$ 56, quatro unidades), o patê de foie com mostarda de Cremona (R$ 45) e o crudo de carne com pão de fermentação natural (R$ 65), e pratos principais como o Coda Parmentier (R$ 54), de rabada desfiada com purê de batata, e a Pasta alla Vodka com burrata (R$ 71).
Para ficar de olho: em breve, o subsolo da casa deve ganhar vida própria. Alê adianta que o espaço será mais animado, possivelmente com DJ, festas e outras surpresas. Sem revelar muito, ele apenas deixa no ar o clima de expectativa - afinal, como diriam nas redes, “vem coisa boa por aí”.
Coda: Rua Barão de Tatuí, 223, Vila Buarque - São Paulo - SP / Funcionamento: terça a quinta, das 18h às 0h, sexta e sábado, das 17h à 1h. A cozinha encerra 1h antes do fechamento da casa.
