Conheça Dijon, uma França muito além de Paris

Ouvir notícia

Comer é, sem dúvida, um dos maiores prazeres da vida. Em especial, em uma região de paisagens estonteantes, rica em cultura e histórias, onde rótulos prestigiados de vinhos e a gastronomia são a alma do lugar…

Bourgogne-Franche-Comté tornou-se, com a junção das duas regiões, um destino imperdível na França. A porta de entrada para o parque de diversões dos que amam comer e beber bem é a cidade de Dijon – famosa pela Mostarda de Dijon e conhecida por sua rica gastronomia. A 130 km de Paris, tendo como ponto de partida a estação Gare du Lyon e cerca de 1h30 de trem (TGV), Dijon é onde fica a rota dos vinhos da região, chamada em português de Borgonha-Franco-Condado, passando por Beaune até a região de Jura, já próximo à fronteira com a Suíça.

O que ver
Com aproximadamente 150 mil habitantes, Dijon teve seu centro histórico incluído, em 2015, na lista de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Apesar de nossa passagem-relâmpago pela cidade, para quem quiser conhecer os principais pontos turísticos da capital da Borgonha-Franche-Comté, o mais indicado é seguir a rota da coruja, que cruza a parte medieval da cidade. Comece o tour pelo belo Jardim Darcy – primeiro jardim público da cidade, criado em 1880, e que abriga a famosa estátua do urso polar, em homenagem ao escultor de animais François Pompom,  passando a Porte Guillaume – que lembra o Arco do Triunfo – e descendo para a rua Liberté, uma das principais da cidade que concentra a maioria das grandes lojas.

Place Darcy, porta de entrada da cidade de Dijon

A cidade tem diversas construções góticas e renascentistas, que valem a visita. A Notre-Dame, epicentro icônico de Dijon, é uma igreja do século 13, que chama a atenção pela fachada gótica e suas mais de 50 gárgulas. Aproveite a passagem e faça três pedidos ao acariciar a coruja entalhada no lado norte da capela, usada como amuleto da sorte.

Notre-Dame e su fachada gótica

A Praça dos Duques, em homenagem aos duques da Borgonha, guarda a estátua do Filipe o Bom. O Palácio dos Duques hoje abriga a prefeitura e o Museu de Belas Artes. É lá que fica também a Torre do Filipe o Bom. As subidas são organizadas a cada 45 minutos e dá um bela vista panorâmica da cidade. O escritório de Turismo de Dijon disponibiliza um guia impresso com os principais pontos, além de tours guiados e outros serviços turísticos. (Mais infos: www.destinationdijon.com)

O que fazer
Dijon é, sem dúvida, um reduto dos foodies. Em cada canto da cidade, é possível observar essa relação com a quantidade de boulangeries, pâtisseries, restaurantes e bistrôs, lojas de vinhos e casas especializadas em produtos e comidas típicas, que afirmam o que eles denominam a “Art de Vivre” francesa. São paradas obrigatórias as visitas à Moutarderie Edmond Fallot, com suas inúmeras variações de mostarda, que levam na receita desde cassis até trufas.

Falando em trufas, vale visitar a La Boutique de la Truffe, no centro medieval. Além de conhecer mais sobre as produzidas na Borgonha, há boa seleção de produtos nacionais e italianos com a iguaria. Para uma experiência mais completa, Thierry e seu filho Yann, ambos especialistas em trufas, possuem uma propriedade onde funciona uma “fazenda” de cultivo, onde acontecem workshops, degustações e caça às trufas. 

Tradicional loja de Mostardas Edmond Fallot

Entre uma parada e outra, experimente uma das especialidades de Dijon: o pain d’épices, espécie de pão de mel com especiarias, muito consumido com geleias e foie gras. As lojas La Rose de Vergy (rue de la Chouette) e a Mulot et Petit Jean (place Bossuet) são as mais tradicionais. Às terças, quintas, sextas e sábados, o mercado Les Halles abriga cerca de 246 lojas com os melhores produtos nacionais. A construção foi inspirada nos grandes mercados centrais de Paris, com telhados de vidro, que permitem a entrada de luz natural.

Aproveite a boa quantidade de grandes lojas na Rue Liberté – acessível apenas para pedestres – como a Galeries Lafayette, H&M e a Boutique Maille, com uma variedade de mostardas de enlouquecer.

Rue de Liberté, principal rua comercial de Dijon

Onde ficar?

O Grand Hotel La Cloche fica no coração do centro histórico e a poucos passos das principais ruas comerciais da cidade. Apesar de estar instalado em uma construção histórica, dispõe de 88 quartos, incluindo 5 suítes e apartamentos recém-reformados com decoração contemporânea.

Aos pés do jardim paisagístico, o restaurante Les Jardins de La Cloche é comandado pelo restauranter e chef Aurélien Mauny, que apresenta no menu os sabores da Borgonha. A carta de vinhos conta com mais de 150 rótulos de crus e grands crus da região.

O bar é um ótima opção para uma happy hour ou reunião informal. Toda segunda-feira, uma banda de jazz se apresenta no local, que também é aberto ao público. Inaugurado recentemente, o spa possui três salas de tratamentos, sauna, hamman e piscina.

Cada ambiente do espaço foi pensando para propiciar momentos de tranquilidade e relaxamento. Os produtos utilizados são da marca parisiense Carita e da marca local, Vinésime.

Fotos divulgação, Pamela Carvalho e Escritório de Turismo de Dijon

Mais Recentes da CNN