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    Thais Herédia
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    Thais Herédia

    Passou pelos principais canais de jornalismo do país. Foi assessora de imprensa do Banco Central e do Grupo Carrefour. Eleita em 2023 a Jornalista Mais Admirada na categoria Economia do Jornalistas & Cia.

    Análise: Banco Central eleva juros a 14,25% e prevê nova alta

    Copom sinaliza aumento de menor magnitude na próxima reunião

    O Banco Central do Brasil confirmou nesta quarta-feira a elevação da taxa Selic para 14,25%, mantendo o ritmo de alta de um ponto percentual observado nas últimas três reuniões. A decisão, já esperada pelo mercado, veio acompanhada de uma sinalização importante para os próximos passos da política monetária.

    De acordo com o comunicado divulgado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), está prevista mais uma alta de juros na reunião de maio, porém em menor magnitude. Esta decisão marca a primeira sinalização clara do novo Banco Central, agora sob a presidência de Gabriel Galípolo e com a maioria dos diretores indicados pelo atual governo.

     

    O Banco Central justificou sua decisão citando dois fatores principais: a defasagem do efeito dos juros na economia e o cenário de incerteza elevada. Segundo a instituição, o impacto completo da atual taxa de juros só será sentido no terceiro trimestre de 2026, ressaltando a necessidade de cautela na condução da política monetária.

    A menção à “incerteza elevada” reflete as preocupações com o cenário econômico global e doméstico. Internacionalmente, as decisões do Federal Reserve nos Estados Unidos e as tensões geopolíticas contribuem para esse quadro. No âmbito nacional, questões como a condução da política fiscal e o comportamento da inflação adicionam complexidade ao cenário.

    Impactos na economia

    A manutenção de uma taxa de juros elevada tem consequências significativas para diversos setores da economia. O setor industrial, o consumo e os investimentos de longo prazo são particularmente afetados. Essa taxa dificulta investimentos em áreas cruciais para o desenvolvimento do país, como o saneamento básico.

    O mercado financeiro reagiu positivamente à decisão, com a bolsa em alta e o dólar em ligeira queda. No entanto, as projeções para o futuro da taxa Selic ainda são incertas. Alguns analistas preveem que ela possa chegar a 15% ao ano, embora o cenário não seja mais considerado certeiro após a sinalização de uma alta menor na próxima reunião.

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