Juiz adia julgamento de dois policiais acusados pelo assassinato de George Floyd

Sessões estão marcadas para serem iniciadas a partir de 5 de janeiro de 2023

Brad Brooks, da Reuters
Painel homenageia George Floyd em Minneapolis, no estado americano de Minnesota
Painel homenageia George Floyd em Minneapolis, no estado americano de Minnesota  • Nicholas Pfosi/Reuters (4.jun.2020)
Compartilhar matéria

Um juiz de Minnesota, nos Estados Unidos, adiou, nesta segunda-feira (6), para 2023 o julgamento de dois ex-policiais de Minneapolis acusados do assassinato de George Floyd, citando a necessidade de garantir procedimentos justos.

O juiz do Tribunal Distrital do Condado de Hennepin, Peter Cahill, decidiu que o julgamento de J. Alexander Kueng e Tou Thao, que estava programado para começar neste mês, agora está marcado para 5 de janeiro do próximo ano. A dupla é acusada de ajudar e favorecer assassinato e homicídio culposo em segundo grau.

Cahill proclamou em sua decisão que a cobertura da mídia do veredito de culpado dos réus em um julgamento federal de direitos civis em fevereiro, juntamente com a cobertura da confissão de culpa do co-réu e ex-oficial Thomas Lane em maio, resultaria em um julgamento injusto neste mês. Lane se declarou culpado de ajudar e favorecer o homicídio culposo.

Kueng, Thao e Lane assistiram ao colega policial Derek Chauvin assassinar Floyd ajoelhando-se em seu pescoço por quase nove minutos em maio de 2020. Chauvin foi considerado culpado no ano passado e condenado a mais de 22 anos de prisão. O assassinato de Floyd desencadeou protestos globais pedindo justiça racial e responsabilidade policial.

Os quatro policiais envolvidos na abordagem a George Floyd; da esquerda para a direita, Derek Chauvin, J. Alexander Kueng, Thomas Lane e Tou Thao / Foto: Gabinete do Xerife do Condado de Hennepin/Reprodução (4.jun.2020)
Os quatro policiais envolvidos na abordagem a George Floyd; da esquerda para a direita, Derek Chauvin, J. Alexander Kueng, Thomas Lane e Tou Thao / Foto: Gabinete do Xerife do Condado de Hennepin/Reprodução (4.jun.2020)

Cahill também foi contra o pedido dos réus para mudança de local. E negou a solicitação da mídia para permitir câmeras ou dispositivos de gravação de áudio no tribunal.

Em resposta à decisão de Cahill, o procurador-geral de Minnesota, Keith Ellison, disse em uma declaração por e-mail que "é lamentável para as vítimas, testemunhas e comunidade que a oportunidade de buscar justiça tenha sido adiada".