Especialista explica como fica o tempo após vendaval em São Paulo

Defesa Civil emite alerta para o estado: frente fria trará chuva com risco de alagamentos, raios, rajadas de vento e granizo nos próximos dias

Da CNN Brasil
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A Defesa Civil emitiu um alerta para o estado de São Paulo para os próximos dias. Uma frente fria passará lentamente pela região, o que deve trazer uma chuva persistente com risco de alagamento, raios, rajadas de vento e até granizo.

Em entrevista ao Agora CNN, Alexandre Nascimento, diretor da Nottus Meteorologia, explicou que um novo sistema de baixa pressão, diferente do que formou o ciclone que atingiu recentemente o estado, está canalizando um corredor de umidade da Amazônia para os estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

"A gente continua sob o efeito do clima, trazendo condições adversas. Obviamente que em relação ao que aconteceu no meio da semana, é uma situação diferente, não devemos ter aquele vento tão persistente", afirmou o especialista. Segundo ele, a ventania que atingiu São Paulo foi recorde, acontecendo sem nuvens, algo que nunca havia acontecido na magnitude registrada.

Previsão para os próximos dias

O sistema de baixa pressão atual vai dar origem a uma frente fria que se deslocará lentamente nos próximos dias e só na terça-feira deve deixar o estado de São Paulo. "Até lá temos condição para chuva de moderada a forte intensidade", alertou o meteorologista.

Durante a formação das nuvens carregadas, podem surgir nuvens do tipo cumulonimbus, que eventualmente provocam tanto queda de granizo quanto rajadas de vento. Diferentemente do evento anterior, estas rajadas acontecem de forma isolada e não constante, podendo atingir entre 60 e 70 km/h.

Nascimento destacou que durante a madrugada já houve pontos com 30 a 50 milímetros de chuva em intervalo curto de tempo, o que é considerado um volume significativo. A situação deve atrapalhar os trabalhos de restabelecimento de energia em locais que ainda estão sem fornecimento após o vendaval recente.

Mudanças climáticas e eventos extremos

Questionado sobre a capacidade de previsão desses eventos extremos, o especialista afirmou que não se pode dizer que fomos surpreendidos. "Desde a ECO 92 vem se alertando que tudo que estamos vivenciando hoje poderia acontecer e de fato vem acontecendo", pontuou.

Nascimento mencionou que, no caso específico do ciclone recente, já havia indícios de sua formação na semana anterior ao evento. "No sábado e domingo já falávamos na possibilidade desse ciclone bastante intenso. Antecipando três, quatro dias, acredito que já seja suficiente", explicou.

O meteorologista alertou que eventos extremos continuarão ocorrendo, uma vez que as medidas para redução da emissão de gases ainda são insuficientes. "Mesmo que se zere hoje, o que seria improvável, ainda temos uma inércia daquilo que já está na atmosfera", concluiu.

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