“Poderá salvar muitas vidas”, diz professor sobre vacina contra a malária
Sergio Schenkman afirmou à CNN que se tornou amigo dos pesquisadores brasileiros pioneiros no desenvolvimento do imunizante
Em entrevista à CNN, o professor da Escola Paulista de Medicina da Unifesp Sergio Schenkman afirmou que a vacina contra a malária “poderá salvar muitas vidas”. A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar o uso generalizado do imunizante entre crianças.
“Essa aprovação da OMS é o momento que se reconheceu uma eficácia relativamente grande”, disse Schenkman.
De acordo com o professor, a vacina ajudará principalmente o público infantil. “É claro que a população suscetível são essas crianças com menos de cinco anos, que são as que mais morrem de malária”, afirmou.
Segundo a OMS, a recomendação foi baseada nos resultados de um programa de vacinação piloto em andamento em clínicas de saúde infantil em Gana, Quênia e Malauí.
Pesquisa de casal brasileiro
O medicamento foi desenvolvido a partir da pesquisa feita pelo casal Victor Nussenzweig e Ruth Nussenzweig. Os dois se radicaram nos Estados Unidos na década de 1960, onde acabaram desenvolvendo o trabalho essencial para a primeira e única vacina contra a malária.
Schenkman disse que não só observou de perto o trabalho da dupla, mas também se tornou amigo deles. “Acompanhei a luta incansável e a dedicação que eles tiveram”, afirmou.
“Lá [nos Estados Unidos], eles tinham essa visão da saúde pública, da necessidade de combater doenças relacionadas à pobreza e ao subdesenvolvimento, e se dedicaram a vida inteira na elaboração e na busca da vacina da malária.”