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    Filho de Bolsonaro, Jair Renan é alvo de operação e tem celular apreendido pela polícia

    Há dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao "filho 04" do ex-presidente; principal alvo é Maciel Alves de Carvalho, instrutor de tiro e acusado de ser mentor de esquema criminoso

    Larissa RodriguesElijonas Maiada CNN , em Brasília

    O filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, é alvo de uma operação da polícia nesta quinta-feira (24). Há dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele, um em Brasília e outro em Santa Catarina.

    Segundo apuração da âncora da CNN Raquel Landim, a polícia encontrou e apreendeu o celular de Jair Renan em Balneário Camboriú. Em suas redes sociais, há diversos registros recentes dele na cidade catarinense.

    Além do celular, um HD e anotações sobre “quociente eleitoral” foram apreendidos no endereço ligado ao filho do ex-presidente em Santa Catarina, de acordo com informações obtidas pela analista de política da CNN Basília Rodrigues com o advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga.

    Ainda de acordo com a defesa, ele estava no local no momento da chegada da polícia e “está sossegado”.

    Ao todo, a Operação Nexum, realizada em conjunto pelas polícias Civil do DF e de SC, cumpre dois mandados de prisão e cinco de busca e apreensão contra um grupo suspeito de estelionato, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsificação de documentos. O grupo agia a partir de laranjas e empresas fantasmas.

    O principal alvo da operação, que foi preso na manhã desta quinta, é Maciel Alves de Carvalho, acusado de ser o cabeça do esquema e instrutor de tiro de Jair Renan no clube em que Maciel é dono na capital federal.

    A suspeita é de que ele usava o clube de tiros como fachada para a compra e venda ilegal de armas. A polícia investiga a abertura de contas no nome dos envolvidos na operação e ainda apura qual seria o papel do “filho 04” de Bolsonaro no esquema.

    À CNN, o advogado do filho do ex-presidente afirmou que Jair Renan não tem um relacionamento de amizade com Maciel. “A relação dos dois é perto de nenhuma”, disse.

    Maciel já havia sido alvo de duas operações neste ano por uso de documentos falsos para o registro e comércio de armas de fogos e por suspeita de organização criminosa especializada em emissão ilícita de notas fiscais. À época da primeira operação, em janeiro, a defesa de Jair Renan disse que ele não tinha relação com o caso e que era “apenas um aluno entre tantos”.

    A partir dos documentos colhidos nas operações anteriores, a polícia conseguiu avançar na investigação, trazendo mais provas sobre o esquema. Até agora as investigações vem sendo conduzidas exclusivamente pela PC-DF, mas a Polícia Federal vai passar a colaborar.

    O outro investigado que teve a prisão decretada encontra-se foragido, e também é procurado por crime de homicídio ocorrido em Planaltina (DF), segundo a polícia.

    Veja também – Bolsonaro e Meyer Nigri: CNN tem acesso a relatório sobre troca de mensagens

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