As cidades mais caras do mundo para expatriados em 2021

Pesquisa da Mercer Cost of Living avaliou 209 cidades do mundo tendo como centro do estudo um comparativo das despesas com habitação, transporte, alimentação e entretenimento

(CNN) Asgabate, no Turcomenistão, é a cidade mais cara do mundo para trabalhadores estrangeiros, de acordo com a pesquisa feita pela Mercer Cost of Living. O relatório anual avaliou 209 cidades do mundo tendo como centro do estudo um comparativo das despesas com habitação, transporte, alimentação e entretenimento, tendo a cidade de Nova York como base de comparação.

A capital do Turcomenistão, que era a segunda na lista do ano passado, é uma espécie de destaque no top 10, que conta os principais centros corporativos do globo, como Hong Kong (considerada a cidade mais cara no ano passado e a segunda mais cara este ano), Tóquio (número quatro em 2021), Zurique (número cinco em 2021) e Cingapura (número sete em 2021).

A crise financeira que acomete o país, e levou à escassez de alimentos e à hiperinflação, é citada pela pesquisa como a razão pela qual o custo de vida aumentou nos últimos anos. Talvez a maior surpresa nesta pesquisa seja Beirute, que subiu da 45ª posição como a cidade mais cara para trabalhadores internacionais para terceiro lugar em 2021. Mercer atribui esse salto à depressão econômica do Líbano, exacerbada pela pandemia da Covid-19 e pela explosão do Porto de Beirute em agosto do ano passado.

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Enquanto isso, como o euro está quase 11% maior em relação ao dólar americano, as cidades europeias foram classificadas comparativamente mais caras do que seus homólogos dos EUA. Isso levou a cidade de Nova York a sair do top 10, enquanto Paris subiu no ranking: do 50º lugar em 2020 para 33º em 2021.

Da mesma forma, a valorização do dólar australiano viu cidades como Sydney e Melbourne mudarem de lugar na listagem. Quanto às cidades mais baratas para trabalhadores estrangeiros, a Mercer aponta Tiblíssi, na Geórgia (número 207), Lusaca, na Zâmbia (número 208) e Biqueque, Quirguistão (número 209).

Mudança de padrão no trabalho

Vince Cordova, líder internacional de mobilidade da Mercer, disse à CNN Travel que o ranking deste ano também foi impactado pela mudança de modelos de negócios na esteira da pandemia. Entre as restrições de viagem, a adoção generalizada do home office e a situação da Covid-19 variando de país para país, algumas empresas estão optando por contratações remotas internacionais em vez de realocar trabalhadores para outro país.

“À medida que os tipos de atribuições internacionais mudam, cria-se mudanças na demanda por bens e serviços e diferentes perfis de consumidores”, diz Cordova.

Cordova também observa o impacto da recuperação “rápida, mas desigual” da China sobre o coronavírus nos resultados deste ano. “É a única grande economia a alcançar crescimento em 2020”, diz ele, ressaltando que isso levou as cidades chinesas a subirem em todos os rankings. Olhando para o futuro, Cordova sugere que o dólar americano pode “fazer um retorno” ao longo de 2022, o que pode ditar a forma dos rankings futuros.

TOP 10 cidades mais caras para expatriados

  1. Asgabate (Turcomenistão)
  2. Hong Kong (China)
  3. Beirute (Líbano)
  4. Tóquio (Japão)
  5. Zurique (Suíça)
  6. Xangai (China)
  7. Singapura
  8. Genebra (Suíça)
  9. Pequim (China)
  10. Berna (Suíça)(Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês)

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