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    Israel confirma primeira morte por reinfecção causada pelo coronavírus

    'Não há dúvidas de que o homem foi contaminado duas vezes e que foi golpeado por duas doenças diferentes', disse especialista do hospital em Petah Tivka

    Luana Franzão*, , da CNN, em São Paulo

    Um homem de 74 anos morreu no final de novembro por complicações da Covid-19 em Israel. A diferença deste caso para as outras 3.111 mortes pela doença no país é que possui um agravante: trata-se de uma reinfecção causada pela nova cepa do SARS-CoV-2, identificada recentemente.

    O homem havia contraído a Covid-19 em agosto, mas se recuperou. Após o tratamento no hospital Centro Rabínico de Medicina, em Petah Tivka, ele testou negativo três vezes para a doença, indicando a cura.

    Em novembro, o idoso – que vivia em uma casa de repouso – começou a apresentar sintomas do vírus novamente, e então foi admitido no Centro Médico Sheba, o maior de Israel. Ele não resistiu às complicações e foi vítima da infecção, confirmou o veículo de notícias local Times of Israel.

    Os médicos e especialistas ficaram intrigados com o caso, e então iniciaram pesquisas diagnósticas para identificar se o vírus havia ficado “adormecido” dentro do organismo do homem, ou se houve uma reinfecção.

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    As amostras coletadas pelo hospital Sheba acusaram que a segunda leva de sintomas havia sido causada por uma nova variação do vírus, o que acusa reinfecção. “Não há dúvidas de que o homem foi contaminado duas vezes e que havia se recuperado da primeira infecção. Parece que foi golpeado duas vezes por dois vírus diferentes”, disse a professora Galia Rahav, chefe da Unidade de Doenças Infecciosas e Laboratórios do Centro Médico Sheba, à plataforma de notícias israelense Ynet.

    “Eu não sei o quão comum é isso”, disse Rahav. “Nós não sabemos, mas é muito preocupante o fato de uma pessoa poder adoecer algumas vezes com a Covid-19 quando o vírus muda. Qual será o papel de uma vacina nessa situação?”

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    O CEO da BioNTech, Ugur Sahin, afirmou em entrevista à CNN que a empresa e sua parceira Pfizer já estão estudando os efeitos da vacina na nova cepa do SARS-CoV-2 – e que as pesquisas indicam que a vacina é eficiente também contra a mutação, sem necessidade de alterações.

    A nova variação da Covid-19 provocou medidas de restrição da circulação entre o Reino Unido e diversos países. Os cientistas afirmam que ela pode ser até 70% mais contagiosa do que a doença original, mas não há indicativos de que seja mais grave ou mais letal que a anterior.

    Israel já iniciou a vacinação de sua população, sendo o primeiro vacinado do país o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O imunizante utilizado na campanha é o desenvolvido pela parceria Pfizer/BioNTech, mas o governo israelense também encomendou doses da fórmula da Moderna e da AstraZeneca.

    *sob supervisão de André Rigue

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